Tudo sobre as minhas mães

Um portento de melodrama classicista depurado, simultaneamente apaixonado e descarnado.

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Eis uma das coisas mais cansativas que se pode escrever sobre cinema: “regresso à grande forma” ou “ao seu melhor”. Acontece sempre que um veterano faz um filme que “cai no goto” depois de uma série de títulos “menores”, ou quando reconhecemos num filme “tardio” um relampejo da glória de outrora. Nós próprios caímos nessa tentação um par de vezes com Pedro Almodóvar (por exemplo, no injustamente menosprezado e Chabroliano Julieta). Mas também é verdade que depois da “santíssima trindade” composta por Tudo Sobre a Minha Mãe, Fala com Ela e Má Educação, Almodóvar nunca desceu aos abismos em que outros se deixaram afundar.

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Eis uma das coisas mais cansativas que se pode escrever sobre cinema: “regresso à grande forma” ou “ao seu melhor”. Acontece sempre que um veterano faz um filme que “cai no goto” depois de uma série de títulos “menores”, ou quando reconhecemos num filme “tardio” um relampejo da glória de outrora. Nós próprios caímos nessa tentação um par de vezes com Pedro Almodóvar (por exemplo, no injustamente menosprezado e Chabroliano Julieta). Mas também é verdade que depois da “santíssima trindade” composta por Tudo Sobre a Minha Mãe, Fala com Ela e Má Educação, Almodóvar nunca desceu aos abismos em que outros se deixaram afundar.