“Os jovens precisam de um fortíssimo sistema de apoio que lhes aumente a resiliência e a saúde mental”

O sociólogo John Goodwin recusa a ideia de que a precariedade do emprego jovem é algo que surgiu após a crise de 2008. “O que mudou foi a narrativa em torno do trabalho.”

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São precisos novos mecanismos para proteger os jovens da precariedade laboral, aponta investigador Nuno Ferreira Santos (arquivo)

John Goodwin, sociólogo na Universidade de Leicester, no Reino Unido, tem-se dedicado a investigar os processos de transição entre a escola e o mercado de trabalho dos jovens de várias gerações. E o olhar retrospectivo que fez sobre a juventude dos anos sessenta e oitenta do século passado permite-lhe afirmar que a precariedade laboral está longe de ser um fenómeno pós-crise de 2008. “O que mudou foi a narrativa em torno do trabalho”, diz nesta entrevista, em que enfatiza a necessidade de “o contrato social” que nos liga a todos passar a proteger os jovens do “novo normal” da realidade laboral. O PÚBLICO falou com o investigador a propósito da sua passagem por Lisboa, esta sexta-feira, para participar no encontro “Juventudes”, promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

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John Goodwin, sociólogo na Universidade de Leicester, no Reino Unido, tem-se dedicado a investigar os processos de transição entre a escola e o mercado de trabalho dos jovens de várias gerações. E o olhar retrospectivo que fez sobre a juventude dos anos sessenta e oitenta do século passado permite-lhe afirmar que a precariedade laboral está longe de ser um fenómeno pós-crise de 2008. “O que mudou foi a narrativa em torno do trabalho”, diz nesta entrevista, em que enfatiza a necessidade de “o contrato social” que nos liga a todos passar a proteger os jovens do “novo normal” da realidade laboral. O PÚBLICO falou com o investigador a propósito da sua passagem por Lisboa, esta sexta-feira, para participar no encontro “Juventudes”, promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.