Quinta do Paral. Uma quinta à medida da tradição alentejana

Na Vidigueira, no coração do Alentejo, esta quinta centenária está prestes a tornar-se Boutique Wine Hotel, restaurante e adega, tudo no mesmo sítio. As coordenadas perfeitas para uns dias longe das grandes cidades, a desfrutar do melhor da vida no campo, do vinho alentejano e da gastronomia típica portuguesa.

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Quando pensamos no Alentejo, apaga-se o trânsito, o stress, as horas de almoço encurtadas, as correrias ao fim do dia, e a nossa mente ocupa-se de imediato de miragens relaxantes, dignas de bon vivant, que passam por estar dias a fio a escutar os sons da Natureza, a comer o que a terra nos dá, e a desfrutar um belo copo de vinho encorpado, como o Alentejo pede (e produz).

Na Quinta do Paral, propriedade do empresário alemão Dieter Morszeck, tudo isto é possível - e muito mais. Morszeck, que adquiriu a quinta há apenas 4 anos, tinha o sonho de transformar este refúgio no Baixo Alentejo num oásis de bem-estar com a criação de um Boutique Wine Hotel e um restaurante com a consultoria do chef alentejano José Júlio Vintém, além da já existente adega.

Portanto, e como só falta concluir o alojamento e o restaurante, em breve haverá pernoita, gastronomia e vinhos, a trilogia perfeita para tornar a estadia em planícies alentejanas ainda mais prazerosa. “Quando decidi investir neste projecto, o meu sonho era construir um negócio de família onde criássemos vinhos excepcionais que reflectissem o carácter deste terroir e proporcionar experiências inigualáveis através dos nossos serviços, como a criação do Boutique Wine Hotel e do enoturismo” afirma o empresário, que na altura contou com a colaboração do enólogo Luís Morgado Leão para redesenhar o projecto.

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Tudo começava em 2017, quando Dieter Morszeck, antigo presidente e neto do fundador da marca de malas de luxo Rimowa, se encantou pela paisagem alentejana da quinta, cujas origens remontam ao século XVIII, e que nos anos 60 foi adquirida por José Luís d’ Andrade de Vasconcelos e Sousa, Conde de Palma, e da sua mulher, a Condessa de Santar. Hoje nas mãos do empresário alemão, os 85 hectares de propriedade, que incluem vinhas, oliveiras e sobreiros, transformaram-se não só na paisagem predominante como nos vinhos e no azeite da quinta, e conferem a este sítio um carisma único e distinto de tudo o que há na região. Um convite à descoberta da viticultura, da gastronomia, da arquitectura e da vivência deste local.

Um boutique wine hotel e restaurante num oásis alentejano

Ao início, Dieter Morszeck começou por investir numa pequena vinha e tem hoje 12 hectares de vinha velha, que tem cerca de 50 anos, passando depois para a ampliação da adega e, de seguida, para a construção do Boutique Wine Hotel. “Que vai ser um espaço maravilhoso, com muitos jardins onde podemos descansar num ambiente tranquilo longe da agitação das grandes cidades. Quero que os visitantes da Quinta do Paral tenham a experiência que eu tive quando cheguei ao Alentejo e que continuo a ter quando visito estas terras”, ressalva.

O Boutique Wine Hotel está a ser construído nas imediações da Quinta do Paral, e promete distinguir-se de tudo o que já existe nesta zona do Baixo-Alentejo. Haverá 23 quartos luxuosos e um restaurante de cozinha tradicional alentejana liderado pelo chef José Júlio Vintém, também ele um amante e conhecedor nato desta gastronomia. “Queremos instituir um conceito urbano rural na Vidigueira, com produtos sazonais provenientes directamente da horta e do pomar da Quinta do Paral, que também iremos criar junto ao restaurante”, refere Luís Morgado Leão, enólogo da Quinta do Paral.

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Um terroir único na origem de vinhos de excelência

Com a aquisição de mais hectares de Vinha Velhas, a Quinta do Paral necessitou de investir numa nova adega, para assim aumentar a capacidade de fermentação, armazenagem e estágio dos seus vinhos, e por isso a adega é onde a magia acontece, em tudo o que toca a este néctar dos Deuses.

Com um terroir que se faz do calor seco do Alentejo, dos solos de argila, granito e xisto e da simbiose entre castas nacionais (como Arinto, Antão Vão, Perrum, Verdelho, Aragonês, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Grossa e Tinta Caiada), a crescer ao lado de castas internacionais (como Alicante Bouschet, Syrah, Petite Syrah, Petit Verdot, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Viognier e Vermentino), nascem vinhos ímpares, frescos, e que têm boa evolução em garrafa. Encorpados e complexos, como a tradição alentejana dita, são eles um dos grandes encantos da Quinta do Paral.

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