A regeneração política em Timor “deve ocorrer imediatamente”

O ex-chefe da diplomacia timorense diz que próximas eleições em Timor-Leste vão revelar novos líderes. Trinta anos após o massacre de Santa Cruz, o país precisa de uma regeneração política “o mais depressa possível”, diz Zacarias da Costa.

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Zacarias da Costa foi ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor Leste Miguel Madeira

Zacarias da Costa, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste e actual secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tinha 27 anos e estava num autocarro a caminho de Braga quando soube do massacre de Santa Cruz. A 12 de Novembro de 1991, os militares indonésios mataram 271 timorenses — quase todos jovens — num cemitério de Díli, a capital. Outros cem morreram nos dias seguintes e os corpos nunca foram entregues às famílias. Trinta anos depois, o país precisa de uma regeneração política, diz o ex-ministro. “O mais depressa possível.” Os líderes actuais não estão a dar oportunidades aos jovens, lamenta Costa, mas as próximas eleições, em 2022 e 2023, vão revelar “caras novas” e uma vontade de mudança.

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Zacarias da Costa, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste e actual secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tinha 27 anos e estava num autocarro a caminho de Braga quando soube do massacre de Santa Cruz. A 12 de Novembro de 1991, os militares indonésios mataram 271 timorenses — quase todos jovens — num cemitério de Díli, a capital. Outros cem morreram nos dias seguintes e os corpos nunca foram entregues às famílias. Trinta anos depois, o país precisa de uma regeneração política, diz o ex-ministro. “O mais depressa possível.” Os líderes actuais não estão a dar oportunidades aos jovens, lamenta Costa, mas as próximas eleições, em 2022 e 2023, vão revelar “caras novas” e uma vontade de mudança.