A Justiça portuguesa tem um problema chamado Ivo Rosa

Ivo Rosa só é legalista quando lhe dá jeito – porque, quando se trata de impor a sua vontade e a sua visão muito particular do Direito, ele é dado às maiores arbitrariedades.

Ivo Rosa talvez fosse um bom juiz num filme de cowboys de John Ford, onde há flechas ensanguentadas, revólveres a fumegar e cadáveres no pó de Monument Valley. Mas no mundo contemporâneo dos paraísos fiscais e dos crimes de colarinho branco, a sua acção é uma desgraça para o prestígio da Justiça portuguesa. Desde que Ivo Rosa integrou o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) em 2015, passando a dividir trabalho com o juiz Carlos Alexandre, tem havido uma tal acumulação de milionários que vêem as suas contas desbloqueadas e o seu património devolvido, e de suspeitos de corrupção que vêem os seus crimes despronunciados e a investigação dificultada, que o resultado só pode ser o que se está a ver: um brutal agravamento da desconfiança na Justiça e uma preocupação crescente acerca do comportamento de Ivo Rosa e da sua adequação àquele lugar.

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Ivo Rosa talvez fosse um bom juiz num filme de cowboys de John Ford, onde há flechas ensanguentadas, revólveres a fumegar e cadáveres no pó de Monument Valley. Mas no mundo contemporâneo dos paraísos fiscais e dos crimes de colarinho branco, a sua acção é uma desgraça para o prestígio da Justiça portuguesa. Desde que Ivo Rosa integrou o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) em 2015, passando a dividir trabalho com o juiz Carlos Alexandre, tem havido uma tal acumulação de milionários que vêem as suas contas desbloqueadas e o seu património devolvido, e de suspeitos de corrupção que vêem os seus crimes despronunciados e a investigação dificultada, que o resultado só pode ser o que se está a ver: um brutal agravamento da desconfiança na Justiça e uma preocupação crescente acerca do comportamento de Ivo Rosa e da sua adequação àquele lugar.