Nas últimas semanas, entre as notícias mais lidas do PÚBLICO estiveram as duas que escrevemos sobre a ex-top model Linda Evangelista e a razão por que ficou “brutalmente desfigurada”. A ex-modelo faz parte de um grupo de mulheres que marcaram a moda e que, por vezes, se sobrepuseram aos designers que as vestiam.

Estas mulheres, na década de 1990, deram personalidade e acrescentaram glamour à sua profissão. E há quem, como Olivier Rousteing, o director criativo da Balmain, as vá buscar para celebrar. Neste caso, o designer queria assinalar os seus dez anos à frente da casa francesa. Assim, desfilaram, na Semana da Moda de Paris, Naomi Campbell (na fotografia em baixo), Milla Jovovich, Natalia Vodianova e a ex-primeira-dama Carla Bruni.

Antes de Paris, na Semana da Moda de Milão vimos as actrizes Demi Moore e Elizabeth Hurley e a cantora Dua Lipa a desfilaram para a Fendi e a Versace. Não é incomum vermos os rostos de actrizes em campanhas de perfumes ou cosmética. Além destas, também há influencers internacionais que são convidadas para desfilar. Quer tudo isto dizer que o papel das modelos é cada vez mais secundário “Os criadores de moda querem ter as pessoas que consideram ser influentes na passerelle ou a assistir. Se isso acontecer, vão vender”, responde o historiador Paulo Morais Alexandre, docente de psicossociologia da moda, na Escola Superior de Teatro e Cinema, na Amadora. Em resumo, e como diria Bill Cinton: “É a economia, estúpido!”

Por cá, as passadeiras vermelhas são menos frequentes, mas este domingo à noite há uma, a dos Globos de Ouro. A jornalista Inês Duarte de Freitas conversou com dois dos muitos costureiros portugueses que vão vestir as estrelas nacionais para saber qual é o look perfeito? O conforto e a confiança são fundamentais para que uma personalidade se destaque, acreditam os designers Luís Carvalho e Gio Rodrigues.

Ainda sobre fama e economia, esta semana a justiça decidiu a favor de Britney Spears, libertando-a do jugo do pai, que até agora tinha funções de tutor com poderes de decisão na vida pessoal e profissional da filha. Ao conhecer a decisão do tribunal, a cantora chorou. O The Washington Post ouviu historiadores que estudam a eugenia e que concluem que o que se passou com a artista norte-americana não anda muito longe das histórias de outras mulheres maltratadas pela família e negligenciadas pela sociedade. Lamentável é que tenham passado quase cem anos e o modus operandi continue a ser praticamente o mesmo. Vale a pena ler: O que têm em comum Ann Cooper Hewitt, Britney Spears e Carrie Buck? As três foram consideradas “inaptas” e o controlo das suas vidas roubado.

Numa entrevista à revista GQ, o actor Will Smith fala sobre o seu casamento e a relação aberta que mantém com a mulher — talvez este seja o segredo de uma relação longeva... Uma coisa é certa, diz o actor: “O casamento não pode ser uma prisão.”

Não foi uma prisão, mas foi uma experiência que obrigou Paz Padilla (na fotografia em cima) a parar, procurar ajuda, conhecer-se e partilhar com quem a seguia — a actriz e humorista é muito popular em Espanha — o que é passar pela doença do companheiro, a sua morte, o luto e a sobrevivência a um grande amor. A actriz escreveu o livro O Humor da minha Vida e em entrevista ao PÚBLICO constata por que nos é difícil o confronto com a morte: “Vivemos numa sociedade em que tudo tem de ser perfeito, temos de ser belos, jovens, ter êxito — profissional, pessoal económico —, mas ninguém te ajuda a morrer nem a enfrentar a morte.”

Talvez por isso tenhamos tanto medo de envelhecer? A psiquiatra Ana Santa Clara, no Dia Internacional das Pessoas Idosas, que se celebrou no dia 1 de Outubro, escreve sobre a discriminação a que estas estão sujeitas. Carmen Garcia está de regresso com as suas crónicas e a deste domingo também é sobre a morte. A morte daqueles que podem escolher a vida, mas que estão presos às palavras de um livro sagrado. E não, não estou a falar de talibãs.

Dia 1 de Outubro foi o dia em que se deixou cair a máscara em muitas situações e, uma delas, foi nos recreios escolares. Por isso, fomos até a um desses espaços conversar com os mais novos (e também com os seus professores e auxiliares), assim como ouvimos pediatras e psicólogos, e até um movimento que exige o fim completo do uso deste dispositivo de protecção. “As crianças, com a naturalidade que lhes é tão inerente, rapidamente voltarão a ser simplesmente crianças”, acredita a psicóloga Rosário Carmona e Costa.

Boa semana!

Os artigos mais lidos da semana:

1. “Brutalmente desfigurada”, Linda Evangelista processa empresa de cosmética em 50 milhões
2. O que aconteceu a Linda Evangelista para ficar “brutalmente desfigurada”?
3. Will Smith sobre a relação aberta que mantém com Jada Pinkett há 24 anos: “O casamento não pode ser uma prisão”
4. Autoridades brasileiras investigam suspeita de violação em reality show
5. Rogério Samora transferido para cuidados continuados. Actor “continua a dormir”
6. Há quem se vista para voltar ao escritório apenas para ficar no Zoom o dia inteiro
7. Ter muito tempo livre pode ser tão mau como ter muito pouco
8. As palavras importam: em vez de “esquizofrénico”, diga “pessoa com esquizofrenia”
9. Do Alentejo a Berlim, Emma faz das tampas do esgoto a sua arte
10. Shakira diz que foi atacada por javalis que lhe roubaram a mala