Campeonato mundial de surf entra na recta final

É a etapa mais esperada do ano. A janela de espera das WSL Finals arranca esta quinta-feira. É em Trestles, na Califórnia, que os cinco primeiros classificados do ranking disputam entre si o título mundial.

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© WSL

O formato é em estreia e por isso mesmo tão aguardado. Em competição está apenas o top 5 do ranking masculino e feminino. Com uma janela de espera que vai de 9 a 17 de Setembro, Trestles é o palco deste grande dia de finais. Mas olhemos para os candidatos: no masculino, Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Filipe Toledo, Conner Coffin e Morgan Cibilic são os concorrentes ao título.

O dia de competição começa com um duelo entre o quarto e quinto classificados, o norte-americano Conner Coffin e o australiano Morgan Cibilic, respectivamente. Já Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo, que estão no topo do ranking, serão os últimos a entrar naquele que é o sistema da competição: algo que conhecemos como o “mata-mata”, ou seja, a decisão será entre Gabriel Medina e o surfista que for avançando nas eliminatórias, à melhor de três baterias, na luta pelo título.

O líder do ranking e bicampeão mundial, Gabriel Medina, parte para a final com uma época em que venceu duas etapas na Austrália, às quais somou três segundos lugares, um quinto e um nono. O surfista de 27 anos, oriundo de Maresias, que recentemente tinha sido bastante criticado por não ter sido vacinado contra a Covid-19 reagiu nas redes sociais explicando que apenas não o fez por falta de agenda. “Focado no Campeonato Mundial, mas em breve tomarei a minha (vacina). Enquanto isso, sigo tomando todos os cuidados e seguindo os protocolos de segurança”, justificou.

 “Vontade de vencer é chama que nunca vai se apagar.” É assim que Ítalo Ferreira define estes instantes finais, nas redes sociais, antes da derradeira decisão. O campeão olímpico, que parte em busca do bicampeonato mundial, depois da conquista em 2019, começou a destacar-se entre a elite do surf em 2015, na época de estreia. Foi mesmo considerado o “rookie” do ano, terminando no 7.º lugar. Foi diante de Medina que venceu o título e é atrás de Medina que corre este ano, tendo terminado na 2.ª posição do ranking. Este ano, venceu a 2.ª etapa do tour, o Rip Curl Newcastle Cup presented by Corona, e o pior resultado que teve foi um 9.º lugar: somou dois terceiros lugares, dois quintos e dois nonos.

Já Filipe Toledo corre atrás do seu primeiro título mundial. Há 8 anos entre a elite do surf, o surfista de 26 anos de Ubatuba destaca-se pela sua velocidade, explosão, sede de vencer e manobras aéreas. Esta época já andou pelo topo do pódio, e somou duas vitórias em duas etapas: no Boost Mobile Margaret River Pro e no Jeep Surf Ranch Pro.

Na 4.ª posição do ranking está Conner Coffin. O norte-americano de 28 anos, “joga” em casa, cresceu em Santa Barbara, na Califórnia, e é conhecido pelo surf suave e poderoso. Para chegar à bateria com Gabriel Medina tem de vencer Morgan Cibilic, Filipe Toledo e Ítalo Ferreira. O melhor resultado que fez este ano foi um 2.º lugar no Rip Curl Narrabeen Classic na Austrália ao qual somou 3 quintos lugares.

Já Morgan Cibilic tem apenas 21 anos. É o rookie do circuito mundial de surf, vive em Newcastle, na Austrália, e está entre os grandes nesta luta pelo título. Esta época, o melhor lugar que fez foi um 2.º lugar no Rip Curl Rottnest Search presented by Corona, na Austrália.

Carissa Moore na corrida para mais um título

No feminino, a primeira bateria colocará na água Stephanie Gilmore e Johanne Defay, 4.ª e 5.ª classificadas respectivamente. A vencedora terá pela frente Sally Fitzgibbons, 3.ª do pódio. Segue-se Tatiana Weston-Webb e depois, na grande final, Carissa Moore, a líder do ranking.

A 4 vezes campeã do mundo Carissa Moore e campeã olímpica ficará assim a aguardar pela surfista que chegar à bateria final. A havaiana de 29 anos corre atrás de mais um título numa época em que só somou lugares de pódio: uma vitória em Newcastle, dois segundos lugares e quatro terceiros.

Já para Tatiana Weston-Webb, esta foi a primeira temporada desde que se juntou ao Tour, em 2015, que não houve dúvidas de que estava a correr atrás do título mundial. A sua autoconfiança é marcante e este foi um dos melhores anos de sua carreira, e um dos marcos foi quando derrotou Stephanie Gilmore na final do Boost Mobile Margaret River Pro e conquistou a etapa.

Desde 2009 no World Tour, Sally Fitzgibbons é já uma figura entre a elite do surf. Aos 30 anos, a australiana ainda persegue o título mundial, e esta época está perto. Ficou em 1.º lugar numa das etapas da perna australiana, e vem de um 3.º lugar no México. 

Para Stephanie Gilmore o historial ainda é mais longo. Está entre as melhores do mundo desde 2007, mas já conquistou 7 títulos mundiais. Tem 33 anos, e esta época além do 1.º lugar no México, etapa anterior a esta, somou ainda um segundo, quatro quintos e um nono.

A francesa Johanne Defay, 5.ª classificada do ranking, soma os mesmos pontos e mesmos resultados que Gilmore. Aos 27 anos sonha também com o título, naquele que é o 8.º ano no Tour. Está tudo a postos para a janela de espera. De 9 a 17 de Setembro, em Trestles, na Califórnia. O dia em que serão conhecidos os campeões mundiais de surf.

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