Joana Sá e Luís Martins partiram à escuta da Serra da Estrela

Projecto À Escuta: Catálogo Poético conhece a sua primeira vida até segunda-feira, na aldeia de Frádigas. A partir de oficinas com a população e parcerias com associações locais, os dois músicos pensam e deixam-se contaminar pelo território.

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As acções do projecto À Escuta na Serra da Estrela apoiam-se em construções de madeira realizadas à medida pelo colectivo internacional Camposaz ROMAN KUTZOWITZ

A ideia, admitem Joana Sá e Luís José Martins, já andava a rogar-lhes atenção há algum tempo. Mas com a sucessão de projectos em que a pianista e o guitarrista se vinham envolvendo, ia sempre sendo adiada. Recentrarem a sua acção artística na aldeia de Frádigas, um local isolado e pouco povoado em plena Serra da Estrela, parecia daquelas promessas que se repetem e nunca verdadeiramente se cumprem. Até que, em 2018, depois de ambos terminarem empreitadas criativas de maior envergadura, encontraram o espaço para fugir da cidade e pensar uma acção de raiz, gizada a partir da aldeia onde nascera o pai de Luís. Primeiro, no entanto, começaram em Lisboa uma série de encontros regulares com “filhos da terra”, gente que mantinha uma ligação familiar à aldeia e a visitava todos os anos. Mas À Escuta: Catálogo Poético, um acontecimento que se estende pela paisagem de Frádigas (e localidades próximas) desta sexta-feira até domingo, só começou verdadeiramente a tomar forma quando, em Janeiro deste ano, os dois músicos convocaram a população para uma primeira oficina.

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A ideia, admitem Joana Sá e Luís José Martins, já andava a rogar-lhes atenção há algum tempo. Mas com a sucessão de projectos em que a pianista e o guitarrista se vinham envolvendo, ia sempre sendo adiada. Recentrarem a sua acção artística na aldeia de Frádigas, um local isolado e pouco povoado em plena Serra da Estrela, parecia daquelas promessas que se repetem e nunca verdadeiramente se cumprem. Até que, em 2018, depois de ambos terminarem empreitadas criativas de maior envergadura, encontraram o espaço para fugir da cidade e pensar uma acção de raiz, gizada a partir da aldeia onde nascera o pai de Luís. Primeiro, no entanto, começaram em Lisboa uma série de encontros regulares com “filhos da terra”, gente que mantinha uma ligação familiar à aldeia e a visitava todos os anos. Mas À Escuta: Catálogo Poético, um acontecimento que se estende pela paisagem de Frádigas (e localidades próximas) desta sexta-feira até domingo, só começou verdadeiramente a tomar forma quando, em Janeiro deste ano, os dois músicos convocaram a população para uma primeira oficina.