O purgatório de Paul Schrader no sétimo céu de Veneza

The Card Counter confirma: o veterano argumentista tornado cineasta está a fazer um espantoso final de carreira. Das produções Netflix mostradas neste segundo dia, os novos filmes de Jane Campion e de Paolo Sorrentino, nada de muito novo...

Foto
Oscar Isaac em The Card Counter DR

Em Casino (1995), de Martin Scorsese, a câmara atirava-se para o inferno. Mas o que joga Paul Schrader é a suspensão do purgatório. É conferir nos espantosos planos gerais, câmara em aproximação expectante, agonizante como o estado espiritual das personagens, de The Card Counter. É o regresso à competição do Festival de Veneza, depois de No Coração da Escuridão (2017), do argumentista e cineasta americano que, aos 75 anos, com as pequenas caixas de ressonância sobre a intimidade da fé e da dúvida que são estes silenciosos, gráceis e assustadores filmes, está a protagonizar um espantoso final de carreira. Já há planos para novo filme.

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Em Casino (1995), de Martin Scorsese, a câmara atirava-se para o inferno. Mas o que joga Paul Schrader é a suspensão do purgatório. É conferir nos espantosos planos gerais, câmara em aproximação expectante, agonizante como o estado espiritual das personagens, de The Card Counter. É o regresso à competição do Festival de Veneza, depois de No Coração da Escuridão (2017), do argumentista e cineasta americano que, aos 75 anos, com as pequenas caixas de ressonância sobre a intimidade da fé e da dúvida que são estes silenciosos, gráceis e assustadores filmes, está a protagonizar um espantoso final de carreira. Já há planos para novo filme.