Gravity Porto: conforto ao quadrado e irreverência ao cubo em pleno centro da cidade

Que sapatilhas Sanjo são aquelas coladas ao tecto? Proveniente do universo da chic&basic de Barcelona, chega ao Porto o Gravity, um hotel que se apresenta como irreverente e que reúne o melhor de dois mundos: o ambiente descontraído dos hostels une-se ao conforto premium de um quatro estrelas.

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Inaugurado em Julho, o Gravity Porto apresenta-se finalmente na sua versão completa com a abertura, há algumas semanas, do restaurante Isabella's. O mote do hotel, que é o primeiro da chic&basic a ser construído fora de Barcelona, é o conceito de gravidade e o director Jorge Oliveira promete “quebrar algumas regras”, mas esteja descansado, não está previsto – para já, pelo menos – pôr os clientes a levitar como se estivessem no espaço.

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Inaugurado em Julho, o Gravity Porto apresenta-se finalmente na sua versão completa com a abertura, há algumas semanas, do restaurante Isabella's. O mote do hotel, que é o primeiro da chic&basic a ser construído fora de Barcelona, é o conceito de gravidade e o director Jorge Oliveira promete “quebrar algumas regras”, mas esteja descansado, não está previsto – para já, pelo menos – pôr os clientes a levitar como se estivessem no espaço.

Na entrada, as diversas áreas – bar, restaurante, recepção –, formam um open space. Não ter fronteiras definidas é, referem, uma estratégia para estimular a interacção entre os clientes e uma forma do quatro estrelas criar uma experiência de convivialidade o mais descontraída possível.

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No átrio interior existe uma piscina seca parcialmente encostada na parede. A rodeá-la estão cerca de vinte lugares sentados que poderão ser ocupados para tomar um brunch ou assistir a concertos. A própria dry pool servirá de palco onde os artistas serão acolhidos. Um conceito irreverente com o qual o hotel se pretende “abrir à cidade”, garante o director à Fugas.

Surpreender o cliente

Nos diversos recantos do hotel, a decoração alusiva à gravidade – ou ausência desta – está sempre presente: em fórmulas escritas na parede, plantas coladas no tecto ou letreiros que parecem sugados por forças cósmicas. Ao entrar no quarto, o cliente depara-se também com algo insólito: um par de sapatilhas Sanjo com as solas coladas no tecto. “É giro brincar com as pessoas”, admite o director Jorge Oliveira. “Queremos que o Gravity seja dinâmico e jovem. By the book há outros hóteis, nós queremos ser diferentes”. Neste caso, a parceria com a famosa marca de calçado nacional permite também valorizar o que é português aos olhos dos turistas estrangeiros que acorrem à cidade.

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Apesar deste espírito friendly e “totalmente descontraído”, o conforto não é descurado, em linha com as restantes seis unidades da cadeia chic&basic existentes em Barcelona, assegura Jorge Oliveira. Nas acomodações “não quisemos poupar em nada que estivesse relacionado com a qualidade do serviço”, garante ainda. Todos os quartos estão equipados com Smart Tv, cofre, mini-bar, máquina de café expresso, secador e ligação wifi. Os lençóis e atoalhados são fornecidos pela Le Jaquard Français. As duas suítes deluxe viradas para poente têm áreas para arrumos, cama espaçosa e uma zona para descontrair ou trabalhar. Da varanda, pode-se assistir ao pôr-do-sol com vista para a cidade. Do lado oposto, na face virada para a Rua José Falcão, há também duas suítes disponíveis, com amplos terraços com vista panorâmica virada para a baixa portuense e a possibilidade de apanhar banhos de sol ao longo do dia.

Cozinha italiana e ibérica do Isabella's

No Restaurante Isabella's, uma grande mesa comum ocupa uma boa parte do espaço reservado para os comensais. Há também mesas separadas para casais ou pequenos grupos. O restaurante vai estar aberto a todos e uma enorme vidraça permite a quem passa na rua, observar o interior.

No menu predomina a cozinha italiana com um toque ibérico: presuntos, azeite, queijos variados, frescos da horta e tártaros requintados, polvilhados de alecrim e outras especiarias. Para além das entradas, carnes, peixes e sobremesas, a carta inclui ainda secções específicas de tapas, pastas e pizzas – estas últimas, garantem, servidas com massa do dia preparada no restaurante.

Pode começar com uma Burrata muito cremosa, com rúcula e tomate semi-seco ou pelos Croquetes de Gorgonzola – com compota caseira de framboesa – e de Presunto Ibérico – este último acompanhado de molho picante. Se preferir sabores fortes, vale a pena a aposta no Mini bife tártaro com foie-gras.

As loiças são pensadas ao pormenor: desde plaquinhas a imitar ardósia, a pratinhos desenhados ao estilo tradicional. O ambiente é tranquilo e intimista.

Para prato principal, uma das opções é a Tagliata de lombo com alecrim e parmesão. Um ramo de alecrim é flambeado sobre uma redução de azeite e vinagre balsâmico e o bife servido com lascas de queijo parmesão, batata frita palha e rúcula. A mistura agridoce confere-lhe um toque saboroso. Por fim, para a sobremesa, entre as várias opções, há um tiramisu caseiro, com sabores intensos a café forte e folha de hortelã acabada de colher.

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A carta de vinhos está ainda a ser apurada, constando para já de uma dúzia de marcas de verde, branco, rosé e tinto, com predominância desta última tipologia. Se quiser ser comedido no consumo pode pedir o vinho a copo. 

O pequeno-almoço é servido na mesma área, numa mesa larga pejada de carnes frias, pães variados, queijos curados e bolo fatiado, para além dos tradicionais croissants, frutas, iogurtes e cereais. O sumo de laranja é espremido na hora. Ovos e cafés podem ser preparados a gosto na cozinha.

Localização walking-distance

Seja depois do pequeno-almoço ou do jantar, quando quiser dar um passeio pela cidade o Gravity Porto garante, de facto,, uma excelente localização. A Rua das Oliveiras fica apenas a alguns minutos a pé de alguns ex-líbris da cidade – como a Torre dos Clérigos ou a Avenida dos Aliados. Ali bem próximo ficam ainda as Galerias de Paris, o quarteirão dos bares e discotecas. “A localização é magnífica”, enfatiza o director Jorge Oliveira. “Este sítio é pitoresco, com uma movida brutal”. 

Para já, o projecto ainda está condicionado pelas restrições sanitárias da pandemia e quem chega ao alojamento é sobretudo um cliente mais velho, já vacinado. No entanto, o “feedback está a ser muito positivo”, assegura Jorge Oliveira e a ideia é futuramente aproveitar a proximidade com a zona das artes (Teatro Carlos Alberto e Rua Miguel Bombarda) e integrar o Gravity Porto na zona artística. Há ainda planos mais vanguadisstas, incluindo utilizar os quartos do hotel como espaços de arte pop up, com exposições e intervenções artísticas. De convencional, o Gravity Porto só tem mesmo o conforto, a limpeza e simpatia da equipa.