Desenhar Portugal em bicicleta: a passagem do Centro para o Norte de Portugal

Luís Simões e Anisa Subekti percorreram 957 quilómetros em 44 dias a pedalar Portugal acima. No caderno dele já moram 75 desenhos. Neste trecho da viagem, houve direito a festa de aniversário.

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Deixámos Almeida em direcção a Castelo Rodrigo. Seria a nossa última paragem pelo Centro de Portugal. Em Barca de Alva, cruzámos a fronteira para o Norte na companhia de águias e abutres a sobrevoar-nos. Ao longo do rio Douro, tivemos o maior pico de calor de toda a viagem. Seriam mais de 40 graus e nem uma brisa de ar fresco. Valeram os tanques de rega agrícola, espalhados junto à estrada, para nos refrescarmos. Sedentos de água, fomos surpreendidos pela fabulosa praia fluvial da Congida, em Freixo de Espada à Cinta. Sem pensar duas vezes, demos um mergulho no rio Douro e, sentados na relva, observávamos o espelho de água a pintar uma Espanha desabitada. Passados 46 quilómetros, abracei novamente os meus pais e escuto: “Feliz aniversário, meu filho!”. Que boa prenda de anos. Aconchegados pela família, um quarto para descansar e alimentação para repor energias, graças ao município de Mogadouro, lá seguimos em direcção aos burros de Miranda. Ao todo, foram 169 quilómetros de gente com história e que fez com que nos encantássemos pelos sítios por onde passámos.

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Deixámos Almeida em direcção a Castelo Rodrigo. Seria a nossa última paragem pelo Centro de Portugal. Em Barca de Alva, cruzámos a fronteira para o Norte na companhia de águias e abutres a sobrevoar-nos. Ao longo do rio Douro, tivemos o maior pico de calor de toda a viagem. Seriam mais de 40 graus e nem uma brisa de ar fresco. Valeram os tanques de rega agrícola, espalhados junto à estrada, para nos refrescarmos. Sedentos de água, fomos surpreendidos pela fabulosa praia fluvial da Congida, em Freixo de Espada à Cinta. Sem pensar duas vezes, demos um mergulho no rio Douro e, sentados na relva, observávamos o espelho de água a pintar uma Espanha desabitada. Passados 46 quilómetros, abracei novamente os meus pais e escuto: “Feliz aniversário, meu filho!”. Que boa prenda de anos. Aconchegados pela família, um quarto para descansar e alimentação para repor energias, graças ao município de Mogadouro, lá seguimos em direcção aos burros de Miranda. Ao todo, foram 169 quilómetros de gente com história e que fez com que nos encantássemos pelos sítios por onde passámos.