CDU de Armin Laschet continua a cair nas sondagens para as eleições alemãs

Segundo a última sondagem realizada pelo instituto Forschungsgruppe Wahlen, os democratas-cristãos perderam mais dois pontos. Já a popularidade de Olaf Scholz, o candidato do SPD, continua a aumentar.

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A CDU de Armin Laschet regista 26% das intenções de voto, segundo a mais recente sondagem POOL/Reuters

A pouco mais de um mês das eleições legislativas na Alemanha de 26 de Setembro, o apoio aos democratas-cristãos caiu mais uns pontos, segundo a mais recente sondagem publicada esta sexta-feira, à medida que a popularidade do seu líder, Armin Laschet, continua a decrescer. Por oposição, os sociais-democratas têm vindo a conquistar pontos nas intenções de voto, com a popularidade do seu candidato, Olaf Scholz, a disparar.

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A pouco mais de um mês das eleições legislativas na Alemanha de 26 de Setembro, o apoio aos democratas-cristãos caiu mais uns pontos, segundo a mais recente sondagem publicada esta sexta-feira, à medida que a popularidade do seu líder, Armin Laschet, continua a decrescer. Por oposição, os sociais-democratas têm vindo a conquistar pontos nas intenções de voto, com a popularidade do seu candidato, Olaf Scholz, a disparar.

A sondagem, publicada pelo instituto Forschungsgruppe Wahlen para a emissora pública alemã ZDF, mostrou que o apoio à União Democrata-Cristã (CDU) desceu para 26%, menos dois pontos do que na sondagem anterior. O Partido Social-Democrata (SPD, de centro-esquerda), por sua vez, cujo candidato a chanceler é o actual ministro das Finanças, Olaf Scholz, subiu três pontos nas intenções de voto para 19%, estando empatado com os Verdes. O apoio ao Partido Liberal Democrata (FDP) registou 11% das intenções de voto, empatando com o nacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD).

A CDU de Angela Merkel lidera um Governo de coligação com os sociais-democratas, tendo obtido 33% dos votos nas eleições de 2017. Laschet continua a ser ainda o mais provável sucessor de Merkel como chanceler, mesmo com a sua popularidade a diminuir.

Segundo a sondagem do instituto, Laschet seria o escolhido para o próximo chanceler por apenas 21%, um declínio de oito pontos percentuais – ainda assim, é uma perspectiva mais animadora do que os 13% de popularidade registados na última sondagem do instituto Forsa.

“Laschet colocou-se nesta situação”, disse numa entrevista Matthias Jung, do Forschungsgruppe Wahlen. “Ele tem feito muitas aparições públicas que deixaram uma impressão negativa”, continuou.

Uma dessas situações remete para as trágicas inundações na Alemanha, onde o líder da CDU foi fotografado a rir-se durante uma visita numa das vilas devastadas pelo mau tempo, tendo sido depois obrigado a pedir desculpa. Também tem sido criticado pela sua resposta às cheias, parecendo desvalorizar o impacto das alterações climáticas, além de ter parecido evasivo durante algumas entrevistas.

Com a campanha para as eleições de Setembro a aumentar de ritmo da campanha, Merkel juntar-se-á a Laschet no palco num grande evento em Berlim a 21 de Agosto, com os estrategas da CDU esperançosos que pelo menos um pouco da popularidade da chanceler passe para o seu sucessor designado.

Quanto à candidata para chanceler dos Verdes, Annalena ​Baerbock desceu quatro pontos, registando 16%. O valor que sobressai é o aumento da popularidade de Olaf Scholz: subiu dez pontos, passando a registar 44% – um aumento de mais de 20% face às previsões do instituto Forsa.

O ministro das Finanças tem sido aplaudido pela gestão da crise durante a pandemia de covid-19 e as cheias que mataram mais de 180 pessoas na Alemanha. E, embora a CDU de Laschet continue a liderar a corrida, o crescente apoio ao SPD revelado pelas sondagens pode abrir para Scholz o caminho até ao poder, na frente da “coligação Jamaica” entre o SPD, os Verdes e o FDP.