A morte do filho de Shakespeare

O luto é um os temas maiores do livro onde Maggie O’Farrell ficciona a morte do filho de Shakespeare. Hamnet é uma história de grande fulgor emocional sem concessões fáceis, marcada pela contenção e lirismo de linguagem.

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O mundo que O’Farrell quer sublinhar é o das sombras à volta de uma das personalidades mais escrutinadas no universo literário: Shakespeare Ulf Andersen/Getty Images

Até que ponto a morte do filho aos 11 anos modelou a obra de William Shakespeare? A pergunta, sem nunca ter sido formulada, está subjacente ao último romance da irlandesa Maggie O’Farrell, uma ficção que parte de factos pouco explorados na biografia do maior escritor de língua inglesa. “Na década de 1590, um casal vivia na Henley Street, em Stratford, teve três filhos: primeiro Susanna, e depois Hamnet e Judith, que eram gémeos”, lê-se na nota histórica que antecede o romance de O’Farrell. “O rapaz, Hamnet, morreu em 1596, aos onze anos. Cerca de quatro anos depois, o pai escreveu uma peça chamada Hamlet.”

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Até que ponto a morte do filho aos 11 anos modelou a obra de William Shakespeare? A pergunta, sem nunca ter sido formulada, está subjacente ao último romance da irlandesa Maggie O’Farrell, uma ficção que parte de factos pouco explorados na biografia do maior escritor de língua inglesa. “Na década de 1590, um casal vivia na Henley Street, em Stratford, teve três filhos: primeiro Susanna, e depois Hamnet e Judith, que eram gémeos”, lê-se na nota histórica que antecede o romance de O’Farrell. “O rapaz, Hamnet, morreu em 1596, aos onze anos. Cerca de quatro anos depois, o pai escreveu uma peça chamada Hamlet.”