Centeno, governador, também teve uma derrota no relatório do inquérito ao Novo Banco

Relatório final da comissão de inquérito aumentou responsabilidades de ex-ministro das Finanças na venda do banco. E não acolheu tese do Banco de Portugal sobre verificação de pagamentos pelo Fundo de Resolução ao Novo Banco.

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Rui Gaudencio

O relatório final da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco aumentou o tom de crítica em relação a quem teve responsabilidades no passado - apontou “fraude política” ao Governo de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque, e carregou nas falhas de Carlos Costa e Vítor Constâncio na supervisão -, mas também sobre quem está a exercer cargos de relevo ao nível político, na supervisão e na banca. Mário Centeno é um dos que saem a perder, entre o relatório inicial e o final. E, neste caso, tanto na qualidade de ex-ministro das Finanças como na de governador do Banco de Portugal (BdP), função que exerce actualmente. Isto porque, a maioria dos deputados não acolheu a conclusão incluída no relatório preliminar que transpunha um dos argumentos usados pelo BdP para justificar os pagamentos feitos pelo Fundo de Resolução (FdR) ao Novo Banco.

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O relatório final da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco aumentou o tom de crítica em relação a quem teve responsabilidades no passado - apontou “fraude política” ao Governo de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque, e carregou nas falhas de Carlos Costa e Vítor Constâncio na supervisão -, mas também sobre quem está a exercer cargos de relevo ao nível político, na supervisão e na banca. Mário Centeno é um dos que saem a perder, entre o relatório inicial e o final. E, neste caso, tanto na qualidade de ex-ministro das Finanças como na de governador do Banco de Portugal (BdP), função que exerce actualmente. Isto porque, a maioria dos deputados não acolheu a conclusão incluída no relatório preliminar que transpunha um dos argumentos usados pelo BdP para justificar os pagamentos feitos pelo Fundo de Resolução (FdR) ao Novo Banco.