François Ozon passou mas não deixou segredos

Tout c’est Bien Passé tem no seu centro um “tema”, o da ajuda ao suicídio, que o realizador vai disfarçando, ocultando

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É uma pena que François Ozon tenha deixado fugir as possibilidades da tensão de um rosto, o de Sophie Marceau, em Tout c’est Bien Passé. Sophie que, entre a sua casa e uma unidade hospitalar de cuidados intensivos (o pai sofreu um AVC) se vai mostrando, como acontecia à Charlotte Rampling de Sous le sable (2000), tela em branco onde habitam os segredos de um filme. Isso é apenas o início daquela que é a segunda entrada francesa na competição, depois de Annette, de Leos Carax. Se continuasse assim, seria outro filme e não aquele que Ozon fez.

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É uma pena que François Ozon tenha deixado fugir as possibilidades da tensão de um rosto, o de Sophie Marceau, em Tout c’est Bien Passé. Sophie que, entre a sua casa e uma unidade hospitalar de cuidados intensivos (o pai sofreu um AVC) se vai mostrando, como acontecia à Charlotte Rampling de Sous le sable (2000), tela em branco onde habitam os segredos de um filme. Isso é apenas o início daquela que é a segunda entrada francesa na competição, depois de Annette, de Leos Carax. Se continuasse assim, seria outro filme e não aquele que Ozon fez.