Filipe Toledo e Johanne Defay vencem Surf Ranch Pro

Depois de dois segundos lugares, Filipe Toledo venceu este domingo o Jeep Surf Ranch Pro presented by Adobe, a sexta etapa do Championship Tour (CT), que decorreu na piscina de ondas de Kelly Slater, em Lemoore, na Califórnia. No feminino, foi Johanne Defay quem levou a melhor.

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Filipe Toledo venceu o Surf Ranch Pro presented by Adobe © WSL / Heff
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Johanne Defay e Filipe Toledo, vencedores do Surf Ranch Pro presented by Adobe © WSL / Heff

Foi com ondas perfeitas, água doce, e na famosa piscina de ondas do 11 vezes campeão do mundo Kelly Slater que Filipe Toledo se estreou a vencer nesta etapa. Com uma performance dominante ao longo do último dia de prova, Toledo encontrou o compatriota Gabriel Medina na final, à semelhança do que tinha acontecido nas edições de 2019 e 2018. Com uma diferença: desta vez foi o surfista de Ubatuba que levou a melhor.

Em cada bateria nesta piscina de ondas contava a melhor pontuação de duas ondas perfeitas (uma direita e uma esquerda). Assim sendo, na final, Filipinho (nome pelo qual é conhecido Filipe Toledo no universo do surf) somou uma direita pontuada com 9,67 pontos (em dez possíveis) a uma esquerda de 8,27, fazendo um score total de 17,94 pontos (em 20 possíveis), enquanto o actual líder do ranking somou apenas 10,60 pontos (8,67 na direita e 1,93 na esquerda).

Esta é a segunda vitória do ano para Toledo – tinha alcançado o 1.º lugar em Margaret River, na Austrália – que assim sobe ao 3.º lugar no ranking da WSL, estando apenas atrás do actual campeão Ítalo Ferreira, que terminou o evento em 9.º lugar, e do líder Gabriel Medina, vice-campeão nesta etapa.

“Foi a minha terceira final de CT no Surf Ranch, e nas duas últimas vezes o Gabriel derrotou-me. É muito bom vencer desta vez. O Gabriel tem dado espectáculo o ano inteiro e já tem presença garantida na final da WSL em Trestles. Por isso, vencer contra ele significa muito para mim”, disse Filipinho.

Quanto a Gabriel Medina, esta foi a 5.ª final do brasileiro no total das seis etapas já realizadas esta temporada. “As competições do Surf Ranch são sempre divertidas porque há óptimas ondas. Há uma pressão que torna tudo mais interessante. O Filipe e eu temos sempre óptimos duelos aqui. Ele é o surfista que mais gosto de ver surfar”, disse o bicampeão mundial da WSL (em 2014 e 2018).

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Gabriel Medina WSL / JACKSON VAN KERK

Já Frederico Morais ficou em 9.º lugar no Surf Ranch Pro presented by Adobe. O único português entre a elite do surf mundial chegou ao último dia da prova na luta pela passagem às meias-finais, mas acabou por não conseguir ficar entre os oito melhores surfistas da fase de qualificação. Kikas ficou a apenas 0,03 pontos do top 8. Com este resultado, Morais está agora na 11.ª posição do ranking WSL. Boas notícias para Kikas, quando faltam apenas mais duas etapas antes da grande final, e deve assim carimbar a permanência no circuito mundial para 2022.

Na prova feminina, Johanne Defay derrotou a quatro vezes campeã da WSL Carissa Moore por menos de meio ponto numa final muito disputada. A francesa somou 16,63 pontos (em 20 possíveis), resultantes de uma esquerda pontuada com 8,70 a que juntou uma direita de 7,93. Já a havaiana fez um total de 16,23 pontos.

Esta foi a 4.ª vitória de Defay na sua carreira, e a segunda final no Surf Ranch – vitória essa que fez com que subisse do 5.º para o 2.º lugar do ranking, estando assim mais perto de garantir uma vaga na final a 5 da WSL.

“A Carissa [Moore], a Sally [Fitzgibbons] e a Tati[ana Weston-Webb] fizeram um óptimo trabalho. É a primeira vez que faço duas finais consecutivas e estou muito feliz com os meus resultados”, disse a francesa no final da etapa. Já Moore admitiu que Defay é “a rainha da piscina”. “Ela sabia sempre o que fazer. Tem um timing muito bom e foi muito bom vê-la vencer hoje”, acrescentou a tetra campeã do mundo que continua a liderar o ranking desta temporada e garante assim também um lugar na final, já que tem quase 10 mil pontos de avanço para a 2.ª classificada, Johanne Defay. “É uma sensação muito boa, o meu grande objectivo no início do ano era chegar ao top 5, para competir nas finais da WSL, por isso estou muito feliz. É óptimo saber que me classifiquei, mas ainda há muito trabalho pela frente se eu quiser ser a campeã mundial”, acrescentou Moore.

A próxima paragem do CT é o Corona Open Mexico presented by Quiksilver, que se realiza de 10 a 20 de Agosto, em Barra de la Cruz, no México. Mas até lá, há uma paragem no tour, para dar lugar à estreia do surf nos Jogos Olímpicos, no Japão, e onde, já agora, Frederico Morais vai representar Portugal, juntamente com Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot.

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