Mundo deve evitar “erros” do passado na recuperação pós-covid-19, avisa Johnson

No primeiro dia do G7, as discussões foram dominadas pelas promessas e projectos sobre a recuperação económica no período pós-pandemia.

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O encontro do G7 na Cornualha é a primeira ocasião em que os líderes das maiores economias mundiais se encontraram pela primeira vez desde o início da pandemia Reuters/POOL

O futuro do mundo pós-pandemia dominou o primeiro dia dos trabalhos da cimeira do G7, esta sexta-feira no Reino Unido, com promessas dos líderes das maiores economias do planeta em não repetir os erros de crises passadas.

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O futuro do mundo pós-pandemia dominou o primeiro dia dos trabalhos da cimeira do G7, esta sexta-feira no Reino Unido, com promessas dos líderes das maiores economias do planeta em não repetir os erros de crises passadas.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o anfitrião da cimeira, disse haver “todo o tipo de razões para estar optimista”, mas avisou para a necessidade de aprender com a História recente. “É vital que não repitamos os erros das últimas grandes crises, da última grande recessão económica em 2008, quando a recuperação não foi uniforme em toda a sociedade”, afirmou Johnson.

O primeiro-ministro conservador insistiu na necessidade de ter em conta o combate às desigualdades sociais no processo de recuperação económica dos próximos anos depois do impacto da pandemia. “Penso que o que deu errado com esta pandemia, ou o que arrisca deixar uma cicatriz, é que as desigualdades possam ficar arreigadas”, disse.

“Temos a responsabilidade de definir objectivos claros e traçar compromissos concretos para cumprir os desafios do nosso tempo”, afirmou o Presidente francês, Emmanuel Macron, através do Twitter, depois de ter participado numa reunião com outros líderes do G7. O encontro na Cornualha foi a primeira ocasião em que os chefes de Estado e de governo dos países mais ricos do mundo se puderam encontrar pessoalmente desde o início da pandemia.

À chegada à cimeira, a chanceler alemã Angela Merkel, que participa pela última vez num encontro do G7, saudou a presença do Presidente norte-americano, Joe Biden. “Ele representa o compromisso com o multilateralismo de que sentimos falta nos últimos anos”, afirmou Merkel, sem referir o nome de Donald Trump.

“Aqui iremos encontrar palavras fortes em apoio ao multilateralismo, e também a um multilateralismo baseado em valores, o que irá dar origem a disputas com a Rússia e, em alguns aspectos, também com a China”, disse Merkel.

Durante a cimeira, os líderes mundiais do G7 (EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá e Japão) devem juntar-se para apoiar uma taxa mínima global aplicada às empresas, acordada na semana passada pelos ministros das Finanças do grupo. O objectivo é travar a concorrência fiscal entre países que tentam atrair empresas com benefícios e isenções especiais.