O PS desistiu do Porto

Quando se esperava um golpe anímico que colocasse o Porto no centro das prioridades do PS, um gesto que correspondesse ao papel da cidade na região que polariza e no país, António Costa optou pelas águas mansas da renúncia, pelo conforto da não escolha.

O PS-Porto já se notabilizara pela absoluta ausência de um projecto alternativo para a segunda cidade do país. Em vez de assumir o mandato que os seus eleitores lhe tinham conferido para ser oposição, contentou-se com um indigente colaboracionismo. Nos últimos anos, como sempre, o partido tribalizou-se em conflitos alimentados pelos egos dos seus dirigentes e esqueceu os seus deveres públicos e políticos. Ao escolher um discreto secretário de Estado para liderar as listas socialistas nas próximas eleições autárquicas, o secretário-geral do partido, António Costa, atestou essa subalternidade do PS no passado recente e alicerçou-a para o futuro. Quando se esperava uma clarificação, um golpe anímico que colocasse o Porto no centro das prioridades do PS, um gesto que correspondesse ao papel da cidade na região que polariza e no país, António Costa optou pelas águas mansas da renúncia, pelo conforto da não escolha.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O PS-Porto já se notabilizara pela absoluta ausência de um projecto alternativo para a segunda cidade do país. Em vez de assumir o mandato que os seus eleitores lhe tinham conferido para ser oposição, contentou-se com um indigente colaboracionismo. Nos últimos anos, como sempre, o partido tribalizou-se em conflitos alimentados pelos egos dos seus dirigentes e esqueceu os seus deveres públicos e políticos. Ao escolher um discreto secretário de Estado para liderar as listas socialistas nas próximas eleições autárquicas, o secretário-geral do partido, António Costa, atestou essa subalternidade do PS no passado recente e alicerçou-a para o futuro. Quando se esperava uma clarificação, um golpe anímico que colocasse o Porto no centro das prioridades do PS, um gesto que correspondesse ao papel da cidade na região que polariza e no país, António Costa optou pelas águas mansas da renúncia, pelo conforto da não escolha.