A decisão britânica entre a realidade e a invenção

Quando o Ministério dos Negócios Estrangeiros aponta para uma medida “cuja lógica não se alcança”, não parece considerar a “lógica” das multidões desregradas que, no Porto, fizeram tábua rasa da situação de calamidade

A decisão do Reino Unido de retirar Portugal da lista “verde” das viagens aéreas não é só um severo golpe para as ambições do sector turístico: é também uma denúncia da condescendência e facilitismo com que o país abriu as portas aos britânicos, principalmente os que se reuniram no Porto para a final da Liga dos Campeões. Quando o Ministério dos Negócios Estrangeiros aponta para uma medida “cuja lógica não se alcança”, não parece considerar a “lógica” das multidões desregradas que fizeram tábua rasa da situação de calamidade. O Governo deve saber que as imagens que os portugueses viram dos adeptos ingleses no Porto também foram vistas lá fora.

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A decisão do Reino Unido de retirar Portugal da lista “verde” das viagens aéreas não é só um severo golpe para as ambições do sector turístico: é também uma denúncia da condescendência e facilitismo com que o país abriu as portas aos britânicos, principalmente os que se reuniram no Porto para a final da Liga dos Campeões. Quando o Ministério dos Negócios Estrangeiros aponta para uma medida “cuja lógica não se alcança”, não parece considerar a “lógica” das multidões desregradas que fizeram tábua rasa da situação de calamidade. O Governo deve saber que as imagens que os portugueses viram dos adeptos ingleses no Porto também foram vistas lá fora.