Se estiver a ler este artigo em papel e achar que não vai ter tempo de chegar ao fim, experimente pôr aqui um post-it com um “ler+tarde, parece interessante”. Talvez dê jeito. Mas isto de usar papelitos autocolantes com lembretes parece uma coisa tão intuitiva que decerto nem foi preciso grande invenção, certo? Errado. Se já usou muito post-it para estudar, trabalhar, trocar recados, agradeça a Spencer Ferguson Silver, inventor e químico cheio de imaginação que morreu no início deste mês na sua casa no Minnesota, onde vivia feliz por ter sido um dos pais dos omnipresentes papelinhos. Mas agora dê a volta ao quadradinho de papel e olhe para a parte de trás, para a parte pegajosa. É aí que está o dr. Silver. É aquilo que nós, sábios em poesia química, chamamos microesferas de copolímero de acrilato. E nunca cola.
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Se estiver a ler este artigo em papel e achar que não vai ter tempo de chegar ao fim, experimente pôr aqui um post-it com um “ler+tarde, parece interessante”. Talvez dê jeito. Mas isto de usar papelitos autocolantes com lembretes parece uma coisa tão intuitiva que decerto nem foi preciso grande invenção, certo? Errado. Se já usou muito post-it para estudar, trabalhar, trocar recados, agradeça a Spencer Ferguson Silver, inventor e químico cheio de imaginação que morreu no início deste mês na sua casa no Minnesota, onde vivia feliz por ter sido um dos pais dos omnipresentes papelinhos. Mas agora dê a volta ao quadradinho de papel e olhe para a parte de trás, para a parte pegajosa. É aí que está o dr. Silver. É aquilo que nós, sábios em poesia química, chamamos microesferas de copolímero de acrilato. E nunca cola.