A serra da Estrela “puxa” Luís Antero. E ele fez-lhe um poema sonoro

Estava o país a sair do primeiro confinamento e Luís Antero ocupava-se a gravar a “paisagem sonora” do território a que chama casa. 1881 – Pastagens Sonoras 7 leva-nos até a primeira expedição científica à serra da Estrela, há 140 anos, através de uma “escuta criativa”.

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Luís Antero, em gravações Tiago Cerveira

Luís Antero pára o carro na berma da estrada do planalto da Torre, na serra da Estrela, abre a bagageira e começa a preparar a parafernália de que necessita para fazer “poesia sonora”, como gosta de lhe chamar. Auscultadores nos ouvidos, luvas nas mãos para se proteger de longos períodos de imobilidade ao vento ainda frio de meados de Abril, boné para combater o Sol inclemente da Primavera do planalto, tripé e microfone felpudo a esconder um gravador. Levanta a cabeça, escuta os sons do vento e das aves que o sobrevoam e prepara-se para caminhar até ao local onde, em Agosto de 1881, cerca de 100 pessoas se instalaram durante as duas semanas da primeira expedição científica à serra da Estrela. 1881 – Pastagens Sonoras 7, o álbum que lançou recentemente, é uma “representação aural” da região e dos sons que os expedicionários terão encontrado há 140 anos.

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