O jornalista e a Justiça

Perante a lentidão da Justiça e o sentimento de que ela é ineficaz, o jornalista está a passar de advogado do cidadão para acusador público.

A publicação do manifesto J’Accuse no jornal francês L’Aurore, em Janeiro de 1898, é considerada por alguns autores como o momento fundador do conceito do jornalista advogado do cidadão. Na carta aberta, dirigida ao Presidente da República e às autoridades civis e militares da França, o jornalista e escritor Émile Zola acusa o governo de perseguir judicialmente, por razões políticas, o capitão Alfred Dreyfus, cidadão francês de origem judaica. Incriminado por espionagem a favor dos alemães, com base em documentos a que a defesa não teve acesso e que, por conseguinte, não pôde contestar, Dreyfus tinha sido julgado à porta fechada pelo Conselho de Guerra, em 1895, e condenado à deportação, por toda a vida, na colónia penal da Ilha do Diabo, Guiana francesa.

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A publicação do manifesto J’Accuse no jornal francês L’Aurore, em Janeiro de 1898, é considerada por alguns autores como o momento fundador do conceito do jornalista advogado do cidadão. Na carta aberta, dirigida ao Presidente da República e às autoridades civis e militares da França, o jornalista e escritor Émile Zola acusa o governo de perseguir judicialmente, por razões políticas, o capitão Alfred Dreyfus, cidadão francês de origem judaica. Incriminado por espionagem a favor dos alemães, com base em documentos a que a defesa não teve acesso e que, por conseguinte, não pôde contestar, Dreyfus tinha sido julgado à porta fechada pelo Conselho de Guerra, em 1895, e condenado à deportação, por toda a vida, na colónia penal da Ilha do Diabo, Guiana francesa.