O homem que estragou muito a nossa democracia

Nunca ninguém nas últimas décadas fez mais para o aumento do populismo radicalizado e extremista em Portugal do que José Sócrates.

Pouca gente estragou mais a democracia portuguesa nos últimos anos do que José Sócrates. O espectáculo da sua arrogância e sentimento de impunidade, que se seguiu à decisão do juiz de instrução, um dos passos do processo, mas longe de ser o julgamento final do processo, foi uma afronta. Temporariamente foi-lhe retirada a acusação de corrupção, até decisão do Tribunal da Relação, mas foi mantida a acusação de branqueamento de capitais e falsificação de documentos, efeito explicitamente referido como tendo como causa actos de corrupção, ou prescritos ou insuficientemente comprovados pela acusação, ou referidos como sendo resultado de uma “venda de personalidade”. Nada que diminua as graves acusações que se mantêm e aquelas de que só a prescrição o salva. Vir cantar “vitória” é por isso mesmo um insulto a todos nós.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Pouca gente estragou mais a democracia portuguesa nos últimos anos do que José Sócrates. O espectáculo da sua arrogância e sentimento de impunidade, que se seguiu à decisão do juiz de instrução, um dos passos do processo, mas longe de ser o julgamento final do processo, foi uma afronta. Temporariamente foi-lhe retirada a acusação de corrupção, até decisão do Tribunal da Relação, mas foi mantida a acusação de branqueamento de capitais e falsificação de documentos, efeito explicitamente referido como tendo como causa actos de corrupção, ou prescritos ou insuficientemente comprovados pela acusação, ou referidos como sendo resultado de uma “venda de personalidade”. Nada que diminua as graves acusações que se mantêm e aquelas de que só a prescrição o salva. Vir cantar “vitória” é por isso mesmo um insulto a todos nós.