Proteger as línguas ameaçadas? Uma boa ideia, mas…

Parece um daqueles filmes em que o padrinho mafioso manda matar os pais e depois dá aos órfãos bolsas de estudo e afagos chorosos.

Há momentos em que os deputados nos espantam com gestos enternecedores. Não, nada a ver com os massacres em Moçambique, as cheias em Timor-Leste ou os deserdados da pandemia. Trata-se de um projecto de decreto-lei para proteger uma língua minoritária: o Barranquenho. Apresentado no dia 26 de Fevereiro e subscrito por 22 deputados do Partido Socialista, foi-lhe dado o n.º 708/XIV e foi publicado no Diário da Assembleia da República de 1 de Março. E esta semana, na terça-feira, a Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto lá tinha o tema incluído na sua agenda, com a “apreciação e votação do contributo da Comissão” para tal projecto de lei.

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Há momentos em que os deputados nos espantam com gestos enternecedores. Não, nada a ver com os massacres em Moçambique, as cheias em Timor-Leste ou os deserdados da pandemia. Trata-se de um projecto de decreto-lei para proteger uma língua minoritária: o Barranquenho. Apresentado no dia 26 de Fevereiro e subscrito por 22 deputados do Partido Socialista, foi-lhe dado o n.º 708/XIV e foi publicado no Diário da Assembleia da República de 1 de Março. E esta semana, na terça-feira, a Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto lá tinha o tema incluído na sua agenda, com a “apreciação e votação do contributo da Comissão” para tal projecto de lei.