Smart Cities do Futuro: À boleia do 5G

A quinta geração de redes móveis vai contribuir em larga escala para a concretização das smart cities, cidades inteligentes totalmente conectadas e com uma gestão automatizada em áreas tão distintas como o trânsito, os resíduos ou a segurança pública. O futuro nunca esteve tão perto como agora.

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As cidades inteligentes querem passar do papel para a realidade e contam com a ajuda da quinta geração de redes móveis. Neste futuro, cada vez mais próximo, há edifícios mais funcionais com gestão automatizada e sustentável da energia que consomem, controlo remoto de equipamentos e assistentes virtuais ainda mais independentes.

Os carros autónomos estão a poucos anos de distância, com o 5G vamos ter mais equipamentos IoT (Internet das Coisas) do que nunca e as comunicações vão ser cada vez mais velozes, tornando as cidades onde vivemos tendencialmente mais tecnológicas.

Assim como, no passado, as populações se mudaram em massa para as cidades em busca de novas oportunidades, também agora essas cidades se “mudam” para um futuro cada vez mais smart. E esse futuro, potenciado pela chegada e disseminação do 5G, abre igualmente caminho a múltiplas oportunidades, muitas delas indissociáveis da pandemia Covid-19 que actualmente atravessamos.

Depois de muitos países, como a Coreia do Sul e China, terem recorrido a acompanhamento digital para monitorizarem as suas populações e rastrearem os contágios, as reacções dividiram-se: além dos entusiastas também surgiram vozes preocupadas, nomeadamente com a segurança dos dados. No equilíbrio entre as duas, o reforço da cibersegurança é a resposta que muitos encontram para caminharmos para uma sociedade mais conectada e cidades mais funcionais e inteligentes.

O futurista Gerd Leonhard é um dos que sinaliza a influência determinante da gestão da pandemia nas smart cities que se vão desenhando. Leonhard acredita que as tecnologias de mapeamento da sociedade, relacionadas sobretudo com a vigilância digital, se vão generalizar. À imagem, aliás, de outras tendências aplicadas em períodos de emergência passados que, tendo funcionado bem, se enraizaram e perduraram no tempo.

Além disso, a tecnologia aplicada durante a pandemia foi essencial, segundo o futurista, para facilitar o trabalho e partilha de informação de “milhares de cientistas”. “A rapidez de resposta e colaboração tem sido a salvação para muitas cidades e regiões, mas a Covid-19 também destacou desigualdades para aqueles que estão em desvantagem”, destacou Leonhard. A maior resiliência do 5G poderá contribuir para esbater estas diferenças.

Um futuro mais imediato

Antes de falarmos do que se avizinha nas smart cities do futuro, vale a pena perceber o impacto a médio-prazo no quotidiano dos cidadãos. Em Portugal, há cidades que já discutem uma sociedade mais em rede, por exemplo Cascais 2030 e Viseu 2030.​

Em Outubro de 2020, a consultora Frost & Sullivan – no âmbito do World Cities Day – destacou as principais tendências até 2025-2030.

As Smart Cities e o 5G: um impacto tecnológico

Com a chegada da quinta geração das redes móveis, são múltiplas as áreas que beneficiam das suas vantagens, contribuindo assim para um mundo cada vez mais tecnológico. Uma rede mais rápida, com uma latência reduzida e com capacidade de suportar massive IoT que vai certamente revolucionar aquilo que hoje entendemos como smart cities e tornar realidade todo o seu potencial. ​

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A maior capacidade da rede móvel vai facilitar o acesso a aplicações de Inteligência Artificial e Realidade Aumentada, que poderão também ajudar na gestão e manutenção das cidades

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A mobilidade e a gestão das smart cities

A forma como nos deslocamos nas cidades do futuro é um dos principais avanços, e para o qual muito vai contribuir o 5G. Muda a forma como nos movemos e também como controlamos o que nos rodeia. Além disso, ferramentas actualmente residuais, como o uso de sensores, devem passar a ser utilizadas de forma massificada.​

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