Almada vai ter uma Cidade da Inovação, um investimento de 800 milhões que junta conhecimento a estilo de vida

Projecto Innovation District, liderado pela Universidade Nova, quer fazer de Porto Brandão a Silicon Valley da Europa.

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A Universidade Nova de Lisboa apresentou esta quarta-feira o Innovation District, um projecto que está a liderar para a criação de uma cidade da inovação, no espaço de quatro quilómetros quadrados, entre Porto Brandão e Monte da Caparica, em Almada.

Trata-se de uma área de 400 hectares, 18% superior à antiga Expo-98 e ao actual Parque das Nações, elevada no cimo das falésias sobre o Tejo, com uma vista única para Lisboa e a dez minutos das praias da Costa da Caparica que lhe conferem um “ambiente californiano”.

A ideia, segundo explicou o vice-reitor da Universidade Nova, é desenvolver o campus universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) como motor para um investimento de 800 milhões de euros numa cidade que será o futuro da margem sul do Tejo.

“Uma cidade que tem no seu coração o conhecimento, a ciência e a tecnologia, mas que está ao serviço das pessoas, moderna, inclusiva e sustentável. Uma cidade com startups acabadas de criar, pequenas e médias empresas com décadas de história e multinacionais coexistem criando empregos e gerando riqueza”, disse José Ferreira Machado, numa apresentação digital que decorreu esta manhã e contou com a presença do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e da autarca de Almada, Inês de Medeiros.

O projecto prevê a construção de mil fogos, para 4500 novos habitantes, 86 mil metros quadrados de infra-estruturas turísticas e a criação de 17 mil postos de trabalho, que a presidente da Câmara Municipal de Almada acredita serem “emprego de qualidade”.

O campus da FCT, com 8500 alunos, 1500 professores e investigadores e dezenas de centros de investigação, vai ser motor e âncora desta nova centralidade. A universidade diz ter um memorando de entendimento com dezenas de investidores e o investimento será quase exclusivamente privado. Mesmo o esforço financeiro da Universidade Nova, que começará por requalificar o campus do Monte da Caparica, será suportado por fundos europeus e activos próprios.

A faculdade projecta dedicar 15 dos seus 60 hectares à construção de escritórios e equipamentos para empresas. O contributo da universidade passa ainda pela requalificação do seu espaço, no Monte da Caparica, com a construção de infra-estruturas desportivas, uma superfície comercial e fase I do ‘hub’ de inovação.

José Ferreira Machado explicou que o campus universitário vai ficar “sem cercas” e que o conceito será estendido a todos os espaços físicos da Nova nas várias cidades.

Para a Câmara de Almada, o Innovation District será uma nova cidade, moderna e sustentável, voltada para o mundo e concebida de acordo com os objectivos definidos pelo desenvolvimento sustentável até 2030 e pela neutralidade carbónica em 2050, integrando um conjunto de soluções ambientais inovadoras.

O projecto prevê produção energética própria, sustentável e neutra em carbono, estruturando o desenvolvimento urbano em torno dos parques verdes e integrando, também, métodos e soluções de construção ecológicas e sustentáveis.

No total são 110 hectares de espaços verdes e parques urbanos. “Um verdadeiro oásis na grande Lisboa”, exclama o vice-reitor da Nova para quem este novo projecto suplantará o da universidade em Carcavelos.

Inês de Medeiros, presidente da CMA, considera o projecto importante para a afirmação de Almada “enquanto pólo de inovação e de criação de soluções de sustentabilidade inovadoras, assumindo também um papel de projecção de Portugal a nível internacional”.

Entre os proprietários de terrenos abrangidos e investidores interessados no Innovation District foram nomeadas as empresas Cordialequation, Rustik Puzzle, SOSTATE, Maia e Pereira, Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz, Emerging Ocean, Rio Capital, Orbisribalta e a Fundação Serra Henriques.

O conhecido arquitecto Ricardo Bofill, que também participou na apresentação, disse que está em perspectiva uma “cidade única na Europa” e que o projecto vai concretizar-se “como uma obra de arte”. Virgílio Machado, director da Nova School Of Science and Tecnology acrescentou que “será uma espécie de Silicon Valley”.

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