Virtudes públicas, vícios privados

Um reflexo do ideário trumpista.

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O mais simpático de Tudo pelo Vosso Bem (Netflix) é a antipatia. A antipatia da personagem principal (Rosamund Pike, óptima, e que à custa disto ganhou um Globo de Ouro), coisa a contra-corrente numa época em que raramente se ousa construir um filme sobre gente que sacuda a “empatia” do espectador, que neste caso é forçado a conviver com uma cascavel humana (e o filme de Blakeson, a espaços, ecoa outro filme recente, Eu, Tonya, que no entanto era mais apologético, também mais profundo psicologica e socialmente, mas igualmente apostava na fricção da relação entre espectador e personagem). E, enquanto dura, porque inevitavelmente lá virá uma forma (bastante radical) de “castigo”, a amoralidade.

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O mais simpático de Tudo pelo Vosso Bem (Netflix) é a antipatia. A antipatia da personagem principal (Rosamund Pike, óptima, e que à custa disto ganhou um Globo de Ouro), coisa a contra-corrente numa época em que raramente se ousa construir um filme sobre gente que sacuda a “empatia” do espectador, que neste caso é forçado a conviver com uma cascavel humana (e o filme de Blakeson, a espaços, ecoa outro filme recente, Eu, Tonya, que no entanto era mais apologético, também mais profundo psicologica e socialmente, mas igualmente apostava na fricção da relação entre espectador e personagem). E, enquanto dura, porque inevitavelmente lá virá uma forma (bastante radical) de “castigo”, a amoralidade.