Sp. Braga destrói FC Porto com entrada demolidora

Minhotos incendiaram o Dragão com três golos em 30 minutos e garantiram a presença na final da Taça de Portugal. Expulsão de Borja não deu para a reviravolta.

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Golpe de teatro no Estádio do Dragão, onde o Sp. Braga reforçou nesta quarta-feira, com um triunfo sobre o FC Porto (2-3) e o consequente apuramento para a final da Taça de Portugal, o estatuto de novo vice-líder do campeonato.

O campeão soçobrou quando menos contava, afundando-se de forma inexplicável num início de noite desconcertante, com três golos dos bracarenses numa primeira meia hora de haraquiri de Malang Sarr.

Obrigado a marcar um golo para poder discutir a eliminatória, o Sp. Braga não se deixou impressionar pela atitude imperial dos “dragões”, protagonizando um início de noite verdadeiramente demolidor. A equipa minhota não se limitou a colocar o FC Porto em sentido com o primeiro tiro de Ricardo Horta, indo infinitamente mais longe nas asas de Abel Ruiz, que bisou no período de quatro minutos (9’ e 14’), levando o FC Porto com violência ao tapete do Dragão.

Antes mesmo de cumprido o primeiro quarto de hora de jogo, Sérgio Conceição via toda a estratégia ruir de forma abrupta, passando de uma posição privilegiada, em que beneficiava do golo conseguido em Braga (1-1), para um intenso drama, em que passava a ter que marcar três golos para garantir a terceira presença consecutiva na final da Taça.

Mas o pesadelo estava só no início. O FC Porto tinha que reagir a todo o custo e, para tanto, precisava de expiar os pecados de Sarr — um desastre ambulante no corredor que incubou os golos do “matador” espanhol — mas sem poder “crucificar” o francês, deslocado para o eixo para surprir a saída do lesionado Mbemba.

Em alucinante queda livre, o FC Porto via Abel Ruiz detonar a barra da baliza de Diogo Costa antes de Sérgio Conceição accionar o pára-quedas com as entradas de Taremi e Zaidu. Nada que travasse a vertigem do livre balístico de Lucas Piazón (29’), a aumentar a vantagem do Sp. Braga para níveis surreais do ponto de vista de um campeão e detentor do troféu que, num par de dias, assistia impotente à ultrapassagem pelos minhotos na Liga e a um traumatizante e humilhante atropelamento na Taça de Portugal.

Obrigado a reinventar-se e, sobretudo, a inventar quatro golos para salvar a face e a final, o FC Porto encontrou no génio de Otávio um bálsamo, uma pequena mas frágil tábua de salvação. O brasileiro demorou dois minutos a marcar e Marega outros três a “expulsar” Borja, num amarelo alterado para vermelho após alerta do VAR.

Era a hora de o Sp. Braga cerrar os dentes e resistir com todas as forças, sacrificando Galeno e “anulando” Ruiz, com o FC Porto a tentar vingar a desvantagem que o asfixiou nos dois últimos jogos em Braga.

O cenário era, ainda assim, menos problemático para Carlos Carvalhal, com os “dragões” impelidos a imitarem o Sp. Braga e forçados a marcarem três vezes na segunda parte.

O FC Porto  montava o cerco à área de Matheus, mas faltava poder de fogo. Conceição esgotava todos os argumentos do banco, mas o golo tardava mais do que o sistema nervoso portista parecia preparado para suportar. Com 15 minutos para marcar três vezes, Otávio criou o desequilíbrio e Marega aproveitou a defesa incompleta de Matheus para baixar os níveis de ansiedade por breves instantes (75’).

O FC Porto expunha-se totalmente no assalto final às redes do Sp. Braga, desmontando a linha defensiva, onde apenas Pepe resistia, mas nem o facto de se instalar definitivamente no último terço levou os “azuis e brancos” ao golo que abalasse as fundações de um adversário que manteve a organização e a serenidade próprias de um finalista anunciado.

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