Acidentes vasculares cerebrais responsáveis por mais de 10 mil mortes em 2019

Os dados do INE, divulgados esta segunda-feira, revelam que, no conjunto das doenças do aparelho circulatório, os acidentes vasculares cerebrais continuaram a estar na origem do maior número de óbitos em 2019. Já as mortes por enfarte agudo do miocárdio (4275) representaram 3,8% da mortalidade total e quase 60% das mortes por doenças isquémicas do coração. Mas diminuíram 7,5 por cento em relação a 2018.

Foto
Rui Gaudencio

As doenças do aparelho circulatório causaram 33.624 óbitos, em 2019. E, neste universo, os acidentes vasculares cerebrais (AVC) continuaram a estar na origem do maior número de óbitos nesse ano (10.975), representando 9,8% da mortalidade e uma taxa de 106,5 mortes de residentes por 100 mil habitantes. Este resultado reflecte, todavia, uma ligeira melhoria em relação a 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

As doenças do aparelho circulatório causaram 33.624 óbitos, em 2019. E, neste universo, os acidentes vasculares cerebrais (AVC) continuaram a estar na origem do maior número de óbitos nesse ano (10.975), representando 9,8% da mortalidade e uma taxa de 106,5 mortes de residentes por 100 mil habitantes. Este resultado reflecte, todavia, uma ligeira melhoria em relação a 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

As mortes por AVC continuaram a atingir principalmente as mulheres, com uma relação de 78 óbitos de homens por cada 100 óbitos de mulheres. Por outro lado, as mulheres continuaram também a morrer relativamente mais tarde que os homens devido a esta doença: a idade média ao óbito para as mulheres foi de 84,0 anos e para os homens de 79,9 anos. Do total de óbitos por doenças cerebrovasculares, 93,6% foram de pessoas com 65 e mais anos e 82,5% de pessoas com 75 e mais anos, obtendo-se um número médio de anos potenciais de vida perdidos de 9,3, mais elevado que no ano anterior (9,2). 

De acordo com os mesmos dados, revelados esta segunda-feira, no conjunto das doenças do aparelho circulatório, registaram-se 7151 óbitos por doença isquémica do coração, representando 6,4% da mortalidade total em 2019, e uma redução de 1,2% em relação ao ano anterior. As mortes por enfarte agudo do miocárdio (4275) representaram 3,8% da mortalidade total e quase 60% das mortes por doenças isquémicas do coração em 2019, apesar da diminuição de 7,5% no número de óbitos em relação ao ano anterior.

As mortes causadas pela doença isquémica do coração atingiram principalmente os homens, com uma relação de 137,8 óbitos de homens por 100 de mulheres, mais elevada do que em 2018 (133,3). A idade média ao óbito para as mulheres foi de 82,1 anos, mantendo-se substancialmente mais tardia (cerca de oito anos mais) em relação à registada para os homens (74,1 anos).

As doenças do aparelho respiratório causaram 12.243 óbitos, menos 8,0% do que em 2018, representando 10,9% da mortalidade total ocorrida no país. Neste grupo, destacaram-se as mortes provocadas por pneumonia, com 4700 óbitos, que representaram 4,2% da mortalidade ocorrida em 2019 e uma diminuição de 18,5% óbitos em relação ao ano anterior.

No conjunto dos tumores malignos, ocorreram 28.544 óbitos, sendo que 4405 mortes foram provocadas por tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão, que representaram 3,9% do total de mortes no país e um aumento de 2,0% em relação ao ano anterior. Os tumores malignos do cólon, recto e ânus representaram 3,4% da mortalidade em 2019, com 3829 óbitos (mais 0,2% que no ano anterior).

Nas mortes causadas por doenças do aparelho circulatório e por doenças respiratórias, verificou-se a existência de um padrão de sazonalidade, com ocorrência de maior mortalidade nos meses mais frios e menor nos meses de maior calor, ao contrário dos tumores malignos em que a distribuição média mensal das mortes regista um padrão bastante homogéneo ao longo do ano.