Alojamento turístico acentuou quebras em Janeiro, com 54% das empresas fechadas

Ano de 2021 começou com menos 2,5 milhões de dormidas do que o mesmo mês de 2020. Espaços rurais e alojamento local resistiram melhor do que a hotelaria.

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rui gaudencio

Bastaram 15 dias de novo confinamento geral para agravar a redução da actividade no alojamento turístico. No total, desapareceram 2,54 milhões de dormidas, comparando com Janeiro de 2020. Lisboa, Madeira e Algarve foram, por esta ordem, as mais afectadas por esta perda. Alentejo, Centro e Açores tiveram as quebras menos acentuadas.

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Bastaram 15 dias de novo confinamento geral para agravar a redução da actividade no alojamento turístico. No total, desapareceram 2,54 milhões de dormidas, comparando com Janeiro de 2020. Lisboa, Madeira e Algarve foram, por esta ordem, as mais afectadas por esta perda. Alentejo, Centro e Açores tiveram as quebras menos acentuadas.

Segundo dados hoje revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o país registou, no primeiro mês de 2021, 308.400 hóspedes e 709.900 dormidas em Janeiro de 2021, correspondendo a variações de -78,3% e -78,2%, respectivamente.

Mais de metade das empresas do sector (54%) esteve encerrada ou não teve hóspedes, segundo a estimativa rápida do INE.

Os resultados de Janeiro prolongam assim a forte quebra que já vinha de trás. Em Dezembro, sem confinamento mas com fortes restrições de mobilidade e actividade económica, sobretudo aos fins-de-semana e no período do Ano Novo, o alojamento turístico já tinha registado recuos de 71,2% no número de hóspedes e de 72,6% no número de dormidas.

As dormidas de residentes diminuíram 60,3% (-54,2% em Dezembro) e as de não residentes recuaram 87,0% (-83,2% no mês anterior).

As dormidas em espaço rural e turismo de habitação foram as que menos caíram em Janeiro. A variação foi de -54,2% face ao período homólogo de 2020.

Todas as restantes categorias e tipos de alojamento turístico tiveram quebras acima dos 60%. Entre estes, o alojamento local foi o que menos sofreu (-63,4%).

No extremo oposto, a hotelaria sofreu o maior recuo, com uma quebra geral de 81,4%. Os hotéis de quatro e cinco estrelas foram os mais penalizados (-83,4% e -88,3%, respectivamente).

Nos aparthotéis, a quebra geral foi de 87,1%, afectando mais as unidades de duas e três estrelas do que as de quatro ou cinco. 

Aldeamentos e apartamentos turísticos registaram variações menores, na ordem dos 60%.

A hotelaria representou mais de 71% de todas as dormidas.

Os principais mercados emissores “mantiveram diminuições expressivas”, diz o INE. “As maiores reduções registaram-se nos mercados chinês (-98,1%), dinamarquês (-95,2%), russo (-94,8%), canadiano (-94,3%) e dos Estados Unidos (-94,2%)”.