Cristina Casalinho: “O chão das taxas de juro baixas pode já estar para trás de nós”

Cristina Casalinho, presidente do organismo que gere a dívida pública portuguesa, olha para um futuro sem ajudas extraordinárias com confiança, mas reconhece que agora é altura de aproveitar para emitir dívida porque à frente não haverá taxas de juro tão baixas.

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Daniel Rocha

Num dia em que realiza mais uma emissão de dívida pública portuguesa, desta vez de bilhetes de Tesouro de curto prazo, a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP explica as razões por trás da opção de, nesta altura, realizar sobretudo emissões de títulos de muito longo prazo. Cristina Casalinho diz que dificilmente as taxas de juro ficarão mais baixas no futuro e que todos os países estão a aproveitar para se financiar enquanto a janela do apoio extraordinário do BCE não se fecha. Olhando para o futuro, embora reconhecendo que Portugal, tal como os outros países da zona euro, pode estar “um bocadinho anestesiado com o BCE”, a economista confia que será possível gerir os montantes de dívida acumulados, mantendo a confiança dos investidores. “A nossa percepção de risco estrutural mudou”, diz.

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Num dia em que realiza mais uma emissão de dívida pública portuguesa, desta vez de bilhetes de Tesouro de curto prazo, a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP explica as razões por trás da opção de, nesta altura, realizar sobretudo emissões de títulos de muito longo prazo. Cristina Casalinho diz que dificilmente as taxas de juro ficarão mais baixas no futuro e que todos os países estão a aproveitar para se financiar enquanto a janela do apoio extraordinário do BCE não se fecha. Olhando para o futuro, embora reconhecendo que Portugal, tal como os outros países da zona euro, pode estar “um bocadinho anestesiado com o BCE”, a economista confia que será possível gerir os montantes de dívida acumulados, mantendo a confiança dos investidores. “A nossa percepção de risco estrutural mudou”, diz.