Rua das Pretas lança Um Copo de Fado, Dois de Bossa Nova

O projecto animado pelo cantor e compositor brasileiro Pierre Aderne lança finalmente o seu novo álbum, que está disponível a partir desta terça-feira nas plataformas digitais.

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Pierre Aderne e outros músicos na capa do novo álbum Nicole Sánchez

Começou pela divulgação de duas canções, em meados de 2020, e agora chega inteiro ao mercado digital. Um Copo de Fado, Dois de Bossa Nova é o novo álbum do projecto Rua das Pretas, lançado pelo cantor e compositor brasileiro Pierre Aderne, que teve por rampa de lançamento um concerto no dia 12 de Junho do ano passado, no palco do Coliseu de Lisboa, com os cuidados impostos pela pandemia.

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Começou pela divulgação de duas canções, em meados de 2020, e agora chega inteiro ao mercado digital. Um Copo de Fado, Dois de Bossa Nova é o novo álbum do projecto Rua das Pretas, lançado pelo cantor e compositor brasileiro Pierre Aderne, que teve por rampa de lançamento um concerto no dia 12 de Junho do ano passado, no palco do Coliseu de Lisboa, com os cuidados impostos pela pandemia.

Nessa altura foram disponibilizadas duas faixas, as primeiras do disco: A sombra do meu chapéu, numa parceria de Pierre Aderne e Gabriel Moura, e Lisboa de Janeiro, de Pierre Aderne. Mas só agora, apesar de ter sido gravado na totalidade em Fevereiro de 2020, é que o álbum nos chega na totalidade. Além das faixas já mencionadas, há ainda Meu Maracanã (outra parceria de Pierre Aderne com Gabriel Moura), Eu não sei compor um fado (Pierre Aderne), Dá-me a dança (Pierre Aderne), Nau-Frágil (de Pierre Aderne e Márcio Faraco, que já tinha sido gravada por António Zambujo), Fado sexta-feira (Pierre Aderne e Gastão Villeroy), A cor dos teus olhos (Francis Hime e Pierre Aderne), Desce um Carnaval (Pierre Aderne e Pedro Luís) e Rio de tanto ser (José Eduardo Agualusa e Pierre Aderne).

Além de Pierre, integram a “teia que une Brasil, Portugal e Cabo Verde neste disco” Nani Medeiros, Joana Amendoeira, Nilson Dourado, Walter Areia, João Pita, Eliane Rosa, Rui Poço, Stephan Almeida, Augusto Britto e o produtor musical venezuelano Hector Castillo.

O nome do projecto vem da própria rua, onde Pierre Aderne se instalou em Lisboa, depois de viver uns tempos no Poço dos Negros. Ali deu início a umas tertúlias musicais, juntando amigos em torno de canções e conversas, com comida e vinhos. Com o tempo, encontrou nova morada num palacete do Príncipe Real, mas o nome manteve-se. E, como Rua das Pretas, foi ali promovendo encontros regulares aos fins de tarde de sábado, passando por aquele espaço, só no primeiro ano, mais de 140 artistas e cerca de 4 mil participantes de 53 países. Enquanto isso, alargou-se a outros pousos: Porto, Paris, Nova Iorque e Madrid. E, em parceria com produtores de vinhos portugueses, lançou em 2018 um primeiro disco.

A pandemia da covid-19 veio alterar esta rotina, mas a Rua das Pretas não parou. Abriu como sala de concertos virtual, com bilheteira online, e fez temporadas com Pedro Luís (do Monobloco, do Rio de Janeiro), Pedro Miranda (do samba carioca, da Gávea), Nancy Vieira e, aos sábados, o colectivo Rua das Pretas. O palacete do Príncipe Real foi mantido sem público, mas as transmissões eram feitas directamente de lá, conseguindo, através de parcerias com produtores de vinhos portugueses gerar sustentabilidade para o projecto.