É desta que nos enfrascamos com José Júlio Vintém

O cozinheiro alentejano lançou uma série de petiscos em frascos. Com os Enfrascados Tombalobos, os pezinhos de coentrada e a perdiz de escabeche chegam pelo correio.

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José Júlio Vintém Margarida Basto

É uma daquelas ideias que já existiam há muito mas que se tornaram realidade com a pandemia. No seu restaurante, o Tombalobos, em Portalegre, José Júlio Vintém já tinha em tempos ensaiado a hipótese de vender para fora alguns dos seus petiscos. Mas só agora é que o projecto avançou, com o nascimento, em Novembro, dos Enfrascados Tombalobos: comida alentejana à séria (estamos a falar de coisas como pezinhos de coentrada e orelha de porco, por exemplo), mas que nos chegam dentro de um frasco.

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É uma daquelas ideias que já existiam há muito mas que se tornaram realidade com a pandemia. No seu restaurante, o Tombalobos, em Portalegre, José Júlio Vintém já tinha em tempos ensaiado a hipótese de vender para fora alguns dos seus petiscos. Mas só agora é que o projecto avançou, com o nascimento, em Novembro, dos Enfrascados Tombalobos: comida alentejana à séria (estamos a falar de coisas como pezinhos de coentrada e orelha de porco, por exemplo), mas que nos chegam dentro de um frasco.

“Como estamos numa zona de caça, sempre houve uma grande tradição de levar perdiz de escabeche para as caçadas”, conta Vintém. A ideia partiu daí e rapidamente surgiram outros petiscos que se podem, de forma prática, levar para uma caçada, ou passeio, um piquenique – ou, em tempos de confinamento, comer em casa.

A pandemia veio trazer problemas muito graves aos restaurantes, mas abriu algumas oportunidades. E esta foi uma delas. “Decidimos certificar estes produtos e neste momento já estamos a produzir oito e a testar mais alguns.” São, todos eles, especialidades que Vintém sempre fez no Tombalobos e que, diz, não tiveram que sofrer alterações para serem “enfrascados”. A preocupação maior foi com a pasteurização, para garantir que duram bastante tempo – a data na embalagem indica um prazo de validade de seis meses, mas Vintém acredita que é muito superior a isso.

Assim, à perdiz de escabeche somaram-se a fraca (galinha d’angola) de escabeche, a salada de pato, o coelho de vilão, “que é outra salada alentejana típica, com um molho de cebola, alho e coentros”, os “incontornáveis” pezinhos de coentrada, a salada de orelha, o chispe moreno (feito com o vinagre de figo seco da Paladin, que Vintém considera “dos melhores que existem em Portugal"), e o frango sacaninha. Em testes está o focinho de porco e algumas experiências com peixes, embora estes sejam mais difíceis de trabalhar neste modelo.

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Uma das formas de usar os Enfrascados dr

Apesar de ter nascido em plena pandemia, este não é um projecto pensado apenas para ajudar a ultrapassar um momento complicado. “Vamos crescer e queremos fazer mais coisas”, assegura. Em breve, no Instagram e no Facebook do Tombalobos vão aparecer sugestões de Vintém sobre formas criativas de aproveitar melhor estes enfrascados.

Para quem os quiser comer como estão, o conselho é que, no caso da orelha e dos pezinhos, os aqueça primeiro em banho-maria ou directamente na frigideira. Também o chispe deve ser aquecido em banho-maria, mas os restantes “podem ser comidos directamente do frasco”. Outras ideias: aproveitar o escabeche de fraca para uma açorda ou colocá-lo numa caixinha de massa folhada para fazer canapés, usar a salada de pato para rechear umas empadas, ou juntá-la a um arroz malandrinho ou a uma salada. Para descobrir mais receitas, é necessário estar atento às redes sociais do Tombalobos.

Para as encomendas o email é: enfrascadostombalobos@gmail.com (também disponíveis na loja online do Adegga). A encomenda é entregue por correio em 24 horas; os preços vão dos 7,50€ (salada de orelha e pezinhos de coentrada) aos 15€ da perdiz de escabeche. Os frascos têm 200ml.