A mentira, ou a realidade da realidade alternativa

A companhia Formiga Atómica estreia-se no teatro para adultos com um policial sobre o tema urgente da manipulação da verdade e das fake news. Mas o enredo de Inês Barahona e Miguel Fragata fica-se pela rama, saboreando a espuma das questões convocadas mas não verdadeiramente aprofundadas.

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Sandra Faleiro é Norma B., a autora de policiais que é também suspeita de assassínio... FILIPE FERREIRA

Antes de discorrer sobre a verdade e a mentira e as notícias falsas, trate-se dos factos, sabendo de antemão como estes são cada vez mais alternativos à realidade; a qual, por sua vez, como também é sabido, é sempre uma representação. Sem querer sair deste animado labirinto conceptual e da sua realidade aumentada (ou virtual, se preferido), antes procurando explorá-lo, a companhia Formiga Atómica estreia-se no teatro para adultos com um policial em forma de conteúdo destinado à viralidade instantânea nas redes sociais. O que não foi de todo má ideia – estivesse a ideia menos gasta.

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Antes de discorrer sobre a verdade e a mentira e as notícias falsas, trate-se dos factos, sabendo de antemão como estes são cada vez mais alternativos à realidade; a qual, por sua vez, como também é sabido, é sempre uma representação. Sem querer sair deste animado labirinto conceptual e da sua realidade aumentada (ou virtual, se preferido), antes procurando explorá-lo, a companhia Formiga Atómica estreia-se no teatro para adultos com um policial em forma de conteúdo destinado à viralidade instantânea nas redes sociais. O que não foi de todo má ideia – estivesse a ideia menos gasta.