Uma festa de anos falhada para matar o colonialismo (e outras doenças)

Festa de 15 Anos é o nome da peça em que o encenador Mickaël de Oliveira desmonta e tece ligações entre noções de família, herança, estatuto social, tradição e neocolonialismo. Estreia-se no Teatro Carlos Alberto, no Porto, esta quinta-feira.

Foto
Nelson Garrido

Esta não será uma quinceañera como as outras. Albano Jerónimo, Diana Sá e Jani Zhao (que em palco são apenas Albano, Diana e Jani), três irmãos de uma família riquíssima e influente, estão a preparar uma festa de anos megalómana para a pequena Francisca, a irmã mais nova do quarteto. Mas a quase-aniversariante está no hospital, à espera de um transplante sem o qual não conseguirá sobreviver. O evento celebrará, então, a adopção e a “introdução à sociedade” de Djami, jovem brasileiro de identidade misteriosa e com ascendentes do grupo indígena Maxakali, que será acolhido pela família justamente para funcionar como um dador compatível.

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Esta não será uma quinceañera como as outras. Albano Jerónimo, Diana Sá e Jani Zhao (que em palco são apenas Albano, Diana e Jani), três irmãos de uma família riquíssima e influente, estão a preparar uma festa de anos megalómana para a pequena Francisca, a irmã mais nova do quarteto. Mas a quase-aniversariante está no hospital, à espera de um transplante sem o qual não conseguirá sobreviver. O evento celebrará, então, a adopção e a “introdução à sociedade” de Djami, jovem brasileiro de identidade misteriosa e com ascendentes do grupo indígena Maxakali, que será acolhido pela família justamente para funcionar como um dador compatível.