São mais de 100 horas de conferências e palestras com mais de 800 oradores, masterclasses e mesas redondas que decorrem em formato de videoconferência e que se ligam através do tema-chave: o mundo tecnológico. De 2 a 4 de Dezembro, o Web Summit 2020 acontece através de uma janela virtual, seja com recurso à aplicação para mobile ou do computador: o importante é estar-se ligado. E em vez de palcos, existem cinco canais - Centre, Creators, Society, Builders e Portugal.

O primeiro dia arrancou com a intervenção de Paddy Cosgrave, Fernando Medina e António Costa, tendo o primeiro-ministro salientado a importância do evento para a recuperação pós-pandemia, ao nível das trocas de conhecimentos e experiências. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, lembrou como a Europa tem potencial para ser um líder global da próxima vaga da transformação digital, e ao longo do dia seguiram-se outras intervenções como a de Michael Peters (CEO da Euronews) do realizador Ridley Scott ou de Gwyneth Paltrow, fundadora do site Goop.

Um mundo digital mais cooperativo, aberto e verde

Liang Hu chairman da Huawei e um dos keynote speakers do evento, foi responsável pela palestra “5G and beyond: The next steps in digital infrastructure”. Ao longo de 10 minutos, o presidente da gigante tecnológica analisou a forma como as tecnologias irão moldar o futuro da nossa infra-estrutura digital, apresentando a sua visão sobre como um mundo mais conectado poderá impulsionar a indústria e a economia digital na Europa, com a chegada de uma nova era de inteligência digital. Por exemplo, e entre outros dados, prevê que até 2025 mais de 30% do PIB global seja gerado pela economia digital, muito em parte graças à expansão mundial da tecnologia 5G. “A Europa tem uma base industrial forte e a capacidade de inovar. A convergência das tecnologias 5G, Cloud e IA ajudará a implementar o mundo digital, incrementar a produtividade e gerar novo valor” referiu.

O chairman da Huawei referiu ainda a importância da sustentabilidade e a necessidade de redução do impacto ambiental a par da evolução tecnológica, e da urgência de ser criado um sistema digital aberto, transparente e mais verde. “Atravessamos um momento crítico. As tecnologias estão a reunir-se para impulsionar a digitalização na indústria. Este é um momento-chave para fazer crescer a economia digital. As empresas têm de trabalhar com parceiros e clientes de diferentes indústrias para estimular a inovação e criar oportunidades” disse, acrescentando que “só um mundo conectado será capaz de gerir a onda de digitalização, equilibrar o crescimento económico com protecção ambiental e abordar os desafios que enfrentamos.”