Comunidade de Madrid pede à UE para validar testes de antigénio nas farmácias

Isabel Ayuso quer pressionar Governo espanhol a aprovar a realização dos testes de antigénio nas farmácias. Executivo regional quer testar todos os madrilenos antes do Natal. E incluiu Portugal, Reino Unido e França como exemplos de países que podem fazer testes em farmácias.

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Isabel Díaz Ayuso defende que os testes em massa são a chave para conter o coronavírus EPA/ZIPI

A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, enviou esta terça-feira uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, solicitando apoio à sua proposta de realizar testes de antigénio nas farmácias para detectar o coronavírus, uma medida fundamental para a estratégia do governo regional, que quer testar toda a população até ao Natal.

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A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, enviou esta terça-feira uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, solicitando apoio à sua proposta de realizar testes de antigénio nas farmácias para detectar o coronavírus, uma medida fundamental para a estratégia do governo regional, que quer testar toda a população até ao Natal.

Na carta, citada pela agência Efe, Ayuso, do Partido Popular, afirma que “actualmente, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde não permite” a realização dos testes com resultados rápidos nas farmácias, e, por isso, considera que “seria útil que as autoridades europeias pudessem validar esta nova forma de teste, não só em Espanha, mas no resto das regiões europeias”.

Ayuso defende ainda que, nas farmácias, os “profissionais estão capacitados [para fazer os testes] e dão garantias quanto à segurança e higiene”, podendo os resultados ser de imediato comunicados às autoridades sanitárias de Madrid.

A presidente da Comunidade de Madrid apresenta Portugal, Reino Unido e França como exemplos de países em que é possível fazer testes antigénio nas farmácias e reforça a intenção do governo regional de apostar no aumento substancial do número de testes disponíveis para a população.

“Multiplicámos a nossa capacidade de realização de testes por dez e o nosso objectivo é continuar assim”, refere Ayuso. “O diagnóstico em massa é a chave para derrotarmos o vírus e a burocracia não pode ser um entrave”, acrescentou. 

O governo regional madrileno comprou milhões de testes de antigénio e, até ao momento, os mesmos têm sido realizados principalmente nos centros de saúde. No entanto, Ayuso quer ir mais longe, uma reivindicação que faz há várias semanas e que, segundo o jornal ABC, já é uma “nova batalha” entre a Comunidade de Madrid e o Executivo de Pedro Sánchez.

No passado dia 4 de Novembro, escreve o mesmo jornal espanhol, o Ministério da Saúde recebeu uma carta de Ayuso, com o ministro Salvador Illa a prometer uma resposta assim que o Governo tiver uma “posição clara” sobre o assunto.

A implementação da medida estará em discussão na próxima do reunião do “grupo covid” entre o Governo central e o executivo regional, ainda sem data marcada, mas que deverá realizar-se esta semana, segundo o El País.

Nessa reunião, o governo de Isabel Ayuso deverá insistir na medida de testar a população em massa até ao Natal, para que os madrilenos possam passar a época festiva com os seus familiares.

“O meu objectivo é que, até ao Natal, todos os madrilenos possam fazer um teste antes de verem as suas famílias”, disse o vice-presidente da comunidade, Ignacio Aguado, em entrevista ao canal televisivo La Sexta, garantindo que os testes seriam “gratuitos para toda a população”.

“É fundamental que nos próximos dias possamos fazer testes [de antigénio] nas farmácias. A estratégia de fazer testes em massa está a resultar. É nos lugares onde são feitos esses testes que a curva está a ser controlada, e Madrid é uma dessas regiões”, acrescentou Aguado, do Cidadãos, subinhando que a testagem da população passaria “uma mensagem de tranquilidade aos madrilenos” e que “não há tempo a perder”.