Segurança Social está a libertar hospitais dos “casos sociais” para desocupar camas

Vários hospitais viram reduzidos para metade os casos de doentes que já tinham alta clínica mas que permaneciam no hospital, nalguns casos durante anos, por falta de resposta da Segurança Social. É “um desperdício de camas”, segundo os hospitais. A maioria foi para lares de idosos. Mas só em 13 hospitais da Grande Lisboa ainda subsistem 130 pessoas internadas sem necessidade.

Foto
Paulo pimenta

A Segurança Social (SS) está a retirar dos hospitais as pessoas que já tiveram alta clínica mas que se mantinham internadas por falta de resposta extra-hospitalar. Em Maio deste ano, e segundo a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), havia 1500 camas ocupadas pelos chamados “internamentos sociais”, alguns dos quais perduram meses e até anos, o que representa uma pesada factura para o Serviço Nacional de Saúde. Agora, e porque a pandemia tornou urgente a desocupação de camas nos hospitais, o Instituto de Segurança Social adoptou “medidas extraordinárias” para retirar estes doentes - maioritariamente idosos sem retaguarda familiar - dos hospitais, integrando-os em lares e estruturas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), a um ritmo que surpreendeu os próprios hospitais.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção