Macron-Erdogan: a batalha dos presidentes joga-se em vários tabuleiros

Do Mediterrâneo Oriental ao Azerbaijão, do secularismo à religião, o confronto entre os presidentes francês e turco vai além de palavras impróprias para chefes de Estado: é o geopopulismo, estúpido!

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Primeira página do jornal iraniano Vatan Emrooz, com uma caricatura de Macron e o título "O diabo de Paris"

Recep Tayip Erdogan só tem a ganhar com a sua retórica anti-Emmanuel Macron e a sua investida contra tudo o que é francês, incluindo o seu secularismo quando se envolve nas questões do Islão. Com uma economia debilitada, um desgaste político por duas décadas a desmembrar os fundamentos laicos deixados por Mustafa Ataturk e a minar o poderoso exército que era o seu garante, o Presidente turco vê na presença agressiva no espaço do que foi em tempos o império otomano uma forma de também superar as dificuldades internas.

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Recep Tayip Erdogan só tem a ganhar com a sua retórica anti-Emmanuel Macron e a sua investida contra tudo o que é francês, incluindo o seu secularismo quando se envolve nas questões do Islão. Com uma economia debilitada, um desgaste político por duas décadas a desmembrar os fundamentos laicos deixados por Mustafa Ataturk e a minar o poderoso exército que era o seu garante, o Presidente turco vê na presença agressiva no espaço do que foi em tempos o império otomano uma forma de também superar as dificuldades internas.