Paulo Portas ao PÚBLICO sobre a candidatura a Lisboa: “Não”

Antigo líder do CDS enjeita qualquer pretensão de concorrer à Câmara Municipal de Lisboa nas autárquicas de 2021.

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A entrevista com Paulo Portas pode ser lida este domingo, no PÚBLICO Rafael Marchante/Reuters

A resposta não podia ser mais clara: “Não! Lisboa, não”. Depois de o nome do ex-vice-primeiro-ministro e líder do CDS ter sido badalado para enfrentar Fernando Medina na corrida à Câmara Municipal de Lisboa, em 2021, Paulo Portas, em entrevista ao PÚBLICO, que será publicada na íntegra este domingo, descarta essa hipótese afirmando que “tudo na vida tem o seu tempo”.

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A resposta não podia ser mais clara: “Não! Lisboa, não”. Depois de o nome do ex-vice-primeiro-ministro e líder do CDS ter sido badalado para enfrentar Fernando Medina na corrida à Câmara Municipal de Lisboa, em 2021, Paulo Portas, em entrevista ao PÚBLICO, que será publicada na íntegra este domingo, descarta essa hipótese afirmando que “tudo na vida tem o seu tempo”.

O nome de Portas fora lançado por sociais-democratas como Miguel Poiares Maduro, que viam no antigo ministro da Defesa a capacidade de liderar uma frente de centro-direita para disputar a câmara contra o socialista Fernando Medina

Em conversa com Maria João Avillez, Portas explica a razão pela qual não se quer candidatar: “Mudei completamente de vida em 2016. Tenho muitos compromissos profissionais, que obviamente cumprirei; não se coadunam com ideias de candidaturas em 2021, que podem sensibilizar-me, mas não mudam a minha direcção. Acresce que tudo na vida tem o seu tempo: fui candidato a Lisboa uma vez, porque o partido precisava absolutamente que o fosse, mas não sinto essa vocação autárquica 20 anos depois.”

Paulo Portas aceitou falar com o PÚBLICO depois de ter sido desafiado a reflectir sobre o mandato presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa, na terceira de uma série de entrevistas de Maria João Avillez sobre o passado político mais recente, que começou com a análise de José Miguel Júdice sobre o “costismo” e continuou com Francisco Assis sobre o “passismo”.

Nesta conversa, Portas — que chegou a ser parceiro de uma coligação com o actual Presidente da República, a Aliança Democrática, em 1999 — traça um retrato aprofundado do mandato de Marcelo e tece-lhe vários elogios: “Teria sido francamente perigoso termos tido outro chefe de Estado que não este.”