Vamos fingir que somos todos parvos. Vamos fingir que as explicações constitucionais sobre o mandato único para a presidência do Tribunal de Contas fazem algum sentido; vamos fingir que o mandato de Vítor Caldeira não acabou a 30 de Setembro e que António Costa só se lembrou de o substituir a 3 de Outubro; vamos fingir que as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa no domingo (“aquilo que sei é do conhecimento público, não sei mais nada”) têm alguma coisa a ver com as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa na quarta-feira (“a escolha foi intencional” e não teve um só “segundo de dúvida” sobre ela); vamos fingir que substituir pessoas que mostraram uma rara independência em nome da protecção da independência tem algum vestígio de lógica.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Vamos fingir que somos todos parvos. Vamos fingir que as explicações constitucionais sobre o mandato único para a presidência do Tribunal de Contas fazem algum sentido; vamos fingir que o mandato de Vítor Caldeira não acabou a 30 de Setembro e que António Costa só se lembrou de o substituir a 3 de Outubro; vamos fingir que as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa no domingo (“aquilo que sei é do conhecimento público, não sei mais nada”) têm alguma coisa a ver com as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa na quarta-feira (“a escolha foi intencional” e não teve um só “segundo de dúvida” sobre ela); vamos fingir que substituir pessoas que mostraram uma rara independência em nome da protecção da independência tem algum vestígio de lógica.