Venda em França origina nova queixa sobre conflito de interesses no Novo Banco

O BES Vénétie foi vendido com um desconto de 68,2% numa operação cujos contornos voltaram a merecer uma queixa junto do regulador europeu, nomeadamente por alegado conflito de interesses. Negócio foi visado na auditoria da Deloitte.

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Nuno Ferreira Santos

A venda no final de 2018 da subsidiária francesa do Novo Banco suscitou uma queixa junto das autoridades europeias, entre outros pontos, por ter sido feito com um desconto de 68,2% face ao preço de balanço e num quadro de conflitos de interesses, dado que o actual chairman da instituição, Byron Haynes, exerceu até Julho de 2017 o cargo de presidente executivo (CEO) de um banco detido pelo fundo norte-americano Cerberus, o comprador do Banco Espírito Santo (BES) de la Vénétie. O assunto é mencionado na auditoria da Deloitte, que a propósito desta operação refere que a gestão de António Ramalho não analisou os potenciais conflitos de interesse associados à transacção. O Banco de Portugal (BdP) assegura que está a analisar as “falhas” da gestão “apontadas” pela auditora.