Esta casa é um trevo de betão numa floresta de pinheiros

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Não há grandes muros ou cercas a escondê-la, não há vistas sobre o mar, nem a linha do horizonte. Há, no entanto, contacto privilegiado com o céu: o telhado, a nove metros do chão, convida à introspecção — com direito a mergulhos na piscina. 

Desenhada por Olivier Ottevaere e Elsa Caetano, arquitectos do estúdio Double (O), a Casa Trevo, na Aroeira, no concelho de Almada, organiza-se à volta de três pátios circulares semi-abertos — responsáveis pelas várias entradas de luz. A estrutura de betão dá privacidade, revelando muito pouco do seu exterior, ao mesmo tempo que garante uma sólida imagem, causada pela elevação do edifício em direcção ao céu. 

A geometria assume um papel "dinâmico, mas não gráfico", explicam os arquitectos em comunicado enviado ao P3. "Exala um particular sentido de autonomia e monumentalidade, apesar de ser pequena. É unificada por cimento no exterior, subvertendo a percepção da sua escala, ao mesmo tempo que serve de tela para um diálogo entre a natureza e a arquitectura", escrevem os arquitectos num comunicado enviado ao P3.

Vista de cima, é como um trevo — elemento que determinou o baptismo. Produz "o seu próprio mundo introvertido que encara o sol", com espaços "privados, ainda que mutáveis". Sempre iluminados pelo sol de Lisboa — e com cheiro ao mar, que se esconde atrás dos pinheiros. 

Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
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Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Fábio Cunha
Marco Antunes
Marco Antunes
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