Um espectáculo para acabar com a invisibilidade

Aurora Negra, de Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, é uma peça desequilibrada, e a espaços panfletária, mas que cumpre com eficácia a sua urgente tarefa.

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filipe ferreira

Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina etc. – que o nome é longo e agora não interessa nada –, isto é, D. Maria II, rainha duas vezes, mãe compulsiva, senhora de suas convicções e interesses e apurado sentir do dever, parece pouco provável interlocutora de três actrizes negras mais de 160 anos depois de morrer, mesmo no teatro a que deu nome. Porém, foi ela a escolhida como “aliada” pelas criadoras de Aurora Negra, espectáculo emocional e de intervenção política, um pouco desequilibrado, a espaços panfletário.

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Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina etc. – que o nome é longo e agora não interessa nada –, isto é, D. Maria II, rainha duas vezes, mãe compulsiva, senhora de suas convicções e interesses e apurado sentir do dever, parece pouco provável interlocutora de três actrizes negras mais de 160 anos depois de morrer, mesmo no teatro a que deu nome. Porém, foi ela a escolhida como “aliada” pelas criadoras de Aurora Negra, espectáculo emocional e de intervenção política, um pouco desequilibrado, a espaços panfletário.