Maria de Lourdes Modesto: “Toda a gente pensava que eu tinha um grande à vontade, mas eu tinha pavor”

Ainda namorou a ideia de ter um restaurante com Amália Rodrigues. Mas esse foi um projecto que não concretizou. Hoje, Maria de Lourdes Modesto confessa que lhe custa ver a cozinha portuguesa ser usada para “desmandos”. E aconselha os cozinheiros a ler muito.

Foto
Maria de Lourdes Modesto na sua casa no Estoril numa foto de 2014 Nuno Ferreira Santos

Fez 90 anos (nasceu em Beja a 1 de Junho de 1930), está retirada, mas mantém uma curiosidade por tudo e uma memória prodigiosa. Tem consciência da importância que teve – e continua a ter – como “guardiã do fogo” da cozinha tradicional portuguesa, mas fala disso com modéstia e lembra-se sobretudo do medo que sentia e das insónias antes de gravar os programas de culinária que durante 12 anos manteve na RTP. Confessa adorar pessoas e poucas coisas lhe dão mais prazer que uma conversa com amigos. Continua a comover-se com pratos como uma certa sopa de cação, que “não é cozinha, é poesia pura”.

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Fez 90 anos (nasceu em Beja a 1 de Junho de 1930), está retirada, mas mantém uma curiosidade por tudo e uma memória prodigiosa. Tem consciência da importância que teve – e continua a ter – como “guardiã do fogo” da cozinha tradicional portuguesa, mas fala disso com modéstia e lembra-se sobretudo do medo que sentia e das insónias antes de gravar os programas de culinária que durante 12 anos manteve na RTP. Confessa adorar pessoas e poucas coisas lhe dão mais prazer que uma conversa com amigos. Continua a comover-se com pratos como uma certa sopa de cação, que “não é cozinha, é poesia pura”.