“Amália pegou no fado e manipulou-o à sua imagem e semelhança”

No centenário oficial do nascimento da grande diva da canção nacional, o musicólogo diz-nos que não basta amar Amália, é preciso pensá-la. Acredita também que, enquanto o fado existir, o seu legado não se apagará.

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Rui Gaudêncio

Filho de Raul Nery, um dos maiores intérpretes de guitarra portuguesa de sempre, Rui Vieira Nery fez-se musicólogo e dedicou os seus estudos sobretudo à música barroca, de Bach e Händel a Carlos Seixas. Mas a reedição, em 1993, das gravações de Amália nos estúdios Abbey Road, em Londres, haveria de levá-lo a aventurar-se na escrita de um primeiro artigo dedicado à cantora nas páginas do semanário O Independente. Os vários ensaios que dedicou ao longo dos anos à obra amaliana foram compilados em 2010 no livro Pensar Amália, já depois de Nery ter assinado a obra de referência obrigatória Para Uma História do Fado (2005) e presidido à Comissão Científica da candidatura do fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade.

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Filho de Raul Nery, um dos maiores intérpretes de guitarra portuguesa de sempre, Rui Vieira Nery fez-se musicólogo e dedicou os seus estudos sobretudo à música barroca, de Bach e Händel a Carlos Seixas. Mas a reedição, em 1993, das gravações de Amália nos estúdios Abbey Road, em Londres, haveria de levá-lo a aventurar-se na escrita de um primeiro artigo dedicado à cantora nas páginas do semanário O Independente. Os vários ensaios que dedicou ao longo dos anos à obra amaliana foram compilados em 2010 no livro Pensar Amália, já depois de Nery ter assinado a obra de referência obrigatória Para Uma História do Fado (2005) e presidido à Comissão Científica da candidatura do fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade.