Reencontrados em combate: está aí mais um statement de Spike Lee

Um truculento filme de aventuras que é também uma afirmação política: é o cineasta afro-americano de novo no seu melhor, num filme que os seus defeitos apenas engrandecem.

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Que ninguém diga que Spike Lee não conhece o seu cinema: quando o seu grupo de veteranos negros do Vietname se mete num barco em Saigão, nos dias de hoje, para seguir caminho “por este rio acima” em busca do cadáver do companheiro que deixaram para trás, ouve-se a Cavalgada das Valquírias de Wagner. Apocalypse Now, claro, mas estamos no coração da experiência negra estadunidense, para quem o passado não ficou lá atrás e o apocalipse é sempre, todos os dias, e não apenas no Vietname. E o que hoje sabemos, mais do que sabíamos, é que o Vietname afectou a população negra estadunidense como nenhuma outra.

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Que ninguém diga que Spike Lee não conhece o seu cinema: quando o seu grupo de veteranos negros do Vietname se mete num barco em Saigão, nos dias de hoje, para seguir caminho “por este rio acima” em busca do cadáver do companheiro que deixaram para trás, ouve-se a Cavalgada das Valquírias de Wagner. Apocalypse Now, claro, mas estamos no coração da experiência negra estadunidense, para quem o passado não ficou lá atrás e o apocalipse é sempre, todos os dias, e não apenas no Vietname. E o que hoje sabemos, mais do que sabíamos, é que o Vietname afectou a população negra estadunidense como nenhuma outra.