Militares vão desinfectar 520 escolas que terão aulas presenciais

Primeira operação decorreu nesta quarta-feira na Amadora. Calendário ainda está a ser fechado pelas Forças Armadas, mas escolas já foram avisadas que assistentes operacionais têm de estar disponíveis para responder no imediato.

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O ministro da Defesa João Gomes Cravinho revelou nesta quarta-feira que as operações de desinfecção vão incidir, nas “próximas semanas”, nas cerca de 520 escolas que estão sinalizadas para poderem reabrir aulas presenciais para os alunos do 11.º e 12.º ano, o que deverá acontecer a partir de 18 de Maio.

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O ministro da Defesa João Gomes Cravinho revelou nesta quarta-feira que as operações de desinfecção vão incidir, nas “próximas semanas”, nas cerca de 520 escolas que estão sinalizadas para poderem reabrir aulas presenciais para os alunos do 11.º e 12.º ano, o que deverá acontecer a partir de 18 de Maio.

“O planeamento está praticamente finalizado. Já para esta semana e para as próximas semanas o planeamento permitirá atingir todas as escolas onde eventualmente poderá vir a haver aulas presenciais”, disse o ministro durante a primeira operação de desinfecção que se realizou nesta quarta-feira na Escola Secundária da Amadora.  O ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues também esteve presente nesta operação.

Estas operações estão a cargo das Forças Armadas, que segundo João Gomes Cravinho vão dispor de 82 equipas para o efeito até ao final desta semana, estando outras 15 a receber formação do Exército. “(Este reforço) permite chegar a todos os pontos do país onde seja necessário, em apoio ao Ministério da Educação, para que possa haver uma nova normalidade nas escolas”, considerou o governante, acrescentando que caso os alunos do 11.º e 12.º ano regressem às aulas presenciais, as escolas vão ser espaços seguros.

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O calendário das operações ainda não está concluído, mas o Ministério da Educação já deu instruções às escolas para que estejam preparadas para estas acções. Numa nota que começou a ser enviada na terça-feira à noite, a que o PÚBLICO teve acesso, a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares indicou aos directores para desenvolverem “os esforços necessários para garantir que os assistentes operacionais possam, nas situações em que tal for necessário, encontrar-se ao serviço, na escola, no fim de semana/feriado (caso venha a ser essa a calendarização da escola a que pertencem)”.

Escolas de prontidão

Os assistentes operacionais vão receber instruções dos militares quanto à correcta utilização dos equipamentos de protecção individual, gestão de resíduos, e procedimentos de limpeza. As salas de aula, por exemplo, devem ser limpas sempre que haja mudança de turma e os refeitórios logo após a utilização de um grupo e antes de outro entrar no espaço, refere-se numa norma da Dgeste divulgada nesta quarta-feira, que foi elaborada com a orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS) e das Forças Armadas, hoje divulgada,

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O ministro da Educação aproveitou a visita para elogiar o trabalho das Forças Armadas, sublinhando que “desde o primeiro momento, mostraram total disponibilidade para coadjuvar o trabalho do Ministério da Educação no esforço nacional para, paulatinamente, irmos pensando o desconfinamento”.

Os estabelecimentos de ensino estão encerrados desde 16 de Março, depois de o Governo ter decidido suspender as actividades lectivas presenciais devido à pandemia da covid-19, uma medida que se vai prolongar até ao final do ano lectivo para os alunos do ensino básico e 10.º ano.

Apenas os alunos do 11.º e 12.º anos poderão regressar às escolas, para ter aulas presenciais de preparação para os exames nacionais de acesso ao ensino superior. A data para este regresso será anunciada na quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, após reunião do Conselho de Ministros.