Não é sonho nenhum

Em Lisboa encontrou o contexto propício para fazer o que queria: mesclar formas culturais, géneros musicais e diferentes temporalidades. Kriola está a acontecer. Não é sonho nenhum.

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Chris Costa

Começa com Morabeza, lembrando espaços como o B’ Leza, Lontra ou Noites Longas, zonas como a linha de Sintra e cantoras como Cesária Évora, querendo com isso demonstrar que os sintomas de uma Lisboa crioula vêm de longe. E termina com Nhôs obi, com a participação vocal de Vado Mas Ki Ás, evocando as injustiças sociais e raciais que ainda fazem parte do quotidiano de muita gente. Pelo meio há canções de amor (My lover ou Arriscar), e momentos onde fica exposto que a crioulização é um movimento sem retorno nas sociedades actuais, por vezes transportando tensões, mas também superação, poesia, sensualidade, possibilidades de encontro. O próprio Claudino de Jesus Borges Pereira, mais conhecido por Dino d’ Santiago, é a prova disso. Ele e a equipa intercontinental que o circunda, do anglo-nipónico Paul Seji, passando pelo luso-angolano Kalaf Epalanga ou pelos portugueses Branko e Pedro.

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Começa com Morabeza, lembrando espaços como o B’ Leza, Lontra ou Noites Longas, zonas como a linha de Sintra e cantoras como Cesária Évora, querendo com isso demonstrar que os sintomas de uma Lisboa crioula vêm de longe. E termina com Nhôs obi, com a participação vocal de Vado Mas Ki Ás, evocando as injustiças sociais e raciais que ainda fazem parte do quotidiano de muita gente. Pelo meio há canções de amor (My lover ou Arriscar), e momentos onde fica exposto que a crioulização é um movimento sem retorno nas sociedades actuais, por vezes transportando tensões, mas também superação, poesia, sensualidade, possibilidades de encontro. O próprio Claudino de Jesus Borges Pereira, mais conhecido por Dino d’ Santiago, é a prova disso. Ele e a equipa intercontinental que o circunda, do anglo-nipónico Paul Seji, passando pelo luso-angolano Kalaf Epalanga ou pelos portugueses Branko e Pedro.