Parlamento vai ouvir o presidente da RTP e Nuno Artur Silva

Audições devem ocorrer na próxima semana.

Foto
Gonçalo Reis Miguel Manso

A Comissão de Cultura e Comunicação aprovou esta quarta-feira as audições ao presidente da RTP, Gonçalo Reis, e ao secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, confirmou à Lusa a presidente do organismo, Ana Paula Vitorino.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Comissão de Cultura e Comunicação aprovou esta quarta-feira as audições ao presidente da RTP, Gonçalo Reis, e ao secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, confirmou à Lusa a presidente do organismo, Ana Paula Vitorino.

Gonçalo Reis irá à Comissão a propósito da venda de terrenos no centro de produção Norte da RTP, acto que motivou requerimentos do Bloco de Esquerda, do PSD e do PS.

O secretário de Estado será ouvido devido à sua ligação à empresa Produções Fictícias, na sequência de pedidos do Bloco de Esquerda e PSD.

Ana Paula Vitorino prevê que as audições tenham lugar na próxima semana. O PÚBLICO sabe que a audição de Gonçalo Reis deve ser agendada para a próxima terça-feira.

No dia 3 de Março, o Bloco de Esquerda apresentou os dois requerimentos, sendo que, no caso do presidente da RTP, o partido adiantou que, “segundo o relatório de contas de 2016 da Rádio e Televisão de Portugal, o presidente da administração da empresa, Gonçalo Reis, vendeu o terreno da antiga estação emissora da RTP, em Miramar (Vila Nova de Gaia), alegadamente por 600 mil euros, numa rubrica de vendas de património que inclui outro prédio em Ponta Delgada, numa soma total de 621,8 mil euros”.

Ora, “o terreno de Miramar foi agora colocado à venda no site de vendas Idealista por 12,3 milhões de euros e é apresentado como “um dos melhores terrenos do Porto - Vila Nova de Gaia - Miramar ideal para a construção de uma unidade hoteleira, resort de luxo ou condomínio de luxo”, referiu o BE.

Já a audição de Nuno Artur Silva decorre da “informação noticiada e confirmada” de que o governante “cedeu parte da sua empresa - Produções Fictícias - ao seu sobrinho, através de um contrato de cedência de quotas que prevê o direito a receber mais 20 mil euros consoante o resultado líquido da empresa”, segundo o partido.